O alto crescimento dos cursos de Educação a Distância (EaD) no Brasil é motivo de preocupação específico para os profissionais da área da saúde. Segundo investigação dos conselhos responsáveis, esses cursos, como a graduação em Enfermagem, exigem o desenvolvimento de habilidades técnicas que demandam a troca de experiências presenciais. Os enfermeiros estão na linha de frente do atendimento na saúde.
Na graduação em Enfermagem, o contato humano e presencial são imprescindíveis para o aprendizado e para a boa formação do futuro profissional que estará em uma Unidade de Saúde ou em um hospital, em UTIs e centros de tratamento intensivo lidando com pacientes e problemas reais. A falta da interação entre paciente e enfermeiro prejudica o sucesso em qualquer atendimento.
Situação da EaD de Enfermagem no Brasil
O Conselho Federal de Enfermagem e Conselhos Regionais realizaram, em 2015, uma operação para verificação da situação dos cursos já implantados no país, identificando: insuficiência de estruturas mínimas nos polos presenciais (laboratórios de anatomia, bioquímica, fisiologia, microbiologia, imunologia, parasitologia, entre outros, com microscópios, estufas, fotômetros, equipamentos, insumos e vidrarias, necessários para as aulas práticas exigidas por lei); existência de cursos clandestinos; descompasso entre oferta de cursos e as necessidades da Saúde da população; descumprimento de exigências legais e risco eminente à Saúde da população.
As aulas práticas representam apenas 7,79% da carga horária total dos cursos EaD, em desacordo com as Diretrizes Curriculares Nacionais do Curso de Graduação em Enfermagem, que determinam que as atividades práticas devam permear todo o processo formativo do enfermeiro. A legislação exige carga horária mínima de 4 mil horas e 5 anos de integralização.
Dessa forma percebemos que a Enfermagem exige habilidades teórico-práticas que não podem ser desenvolvidas sem o contato direto com o ser humano. A aplicação da teoria na prática da formação é essencial para que o aluno esteja pronto a exercer bem sua função de contato direto com os seus pacientes. Sem essa prática, estão se formando profissionais precários em um mercado saturado.
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