Se você não sabe o que é FIES ou tem dúvidas sobre o programa, chegou a hora de tirar tudo a limpo!
Isso porque esse modelo de financiamento pode ser a sua grande chance de entrar para o ensino superior.
Mas, para conseguir o benefício, é preciso entender direitinho como o FIES funciona e quais são os passos que você deve seguir.
Então vem com a gente ficar por dentro de todos os detalhes!
Entenda o que é FIES e por que ele foi criado
O Fundo de Financiamento Estudantil (FIES) é um programa criado pelo Ministério da Educação (MEC) em 2001 com o objetivo de facilitar o acesso ao ensino superior particular.
Isso porque nem todo mundo tem condições de arcar com os custos de mensalidade de uma graduação, não é?
E as condições oferecidas pelos empréstimos comuns não costumam ser tão atrativas.
Assim, o governo criou uma forma de conceder um empréstimo de longo prazo a estudantes de baixa renda.
Por se tratar de um financiamento, o valor deve ser devolvido após a conclusão da graduação.
A vantagem é que o pagamento é facilitado e as taxas de juros são reduzidas, podendo chegar a zero dependendo do caso.
Mas saiba que ele só pode ser usado para cobrir as mensalidades de cursos avaliados positivamente pelo Sistema Nacional de Avaliação da Educação Superior (Sinaes) e oferecidos por instituições de ensino que fazem parte do programa.
Portanto, antes de fazer a sua inscrição, não deixe de verificar se o curso que você deseja fazer atende a essas exigências.
Como funciona o FIES?
Só os estudantes que fizeram uma das edições do ENEM a partir de 2010 podem contratar o FIES. Além disso, é preciso cumprir os requisitos de ter tirado uma média de pelo menos 450 pontos nas provas objetivas e ter recebido uma nota maior que zero na redação.
Também têm maiores chances de conseguir financiamento aqueles que tiraram notas altas no exame.
Sendo assim, se você deseja concorrer ao benefício, não deixe de se preparar e estudar bastante para mandar bem na prova.
As inscrições devem ser feitas pelo próprio sistema do FIES. Geralmente, é aberto um período de inscrição no começo do primeiro semestre e outro no começo do segundo semestre.
Mas saiba que as condições e valores do financiamento variam de acordo com a renda familiar de cada um – vamos detalhar isso mais para frente.
Novo FIES
Em 2018, o programa passou por uma renovação e começou a ser chamado de “novo FIES”, oferecendo juros zero aos estudantes. Até então, todos os beneficiados tinham que pagar uma taxa de juros de 6,5% ao ano.
Com a mudança, além do governo federal, outras instituições financeiras passaram a oferecer empréstimo aos estudantes. E uma das modalidades foi pensada especialmente para oferecer empréstimo a juro zero àqueles que mais precisam.
Dessa forma, além de ampliar ainda mais o acesso ao ensino superior, essa renovação trouxe mais sustentabilidade financeira para que o programa possa continuar existindo.
Ao mesmo tempo, o novo FIES permite que o financiado pague as prestações de acordo com o seu limite de renda, reduzindo os encargos a serem pagos.
Também é importante dizer que outra condição para contratação é ter um fiador. Ou seja, uma pessoa que vai garantir que a dívida seja paga caso você não pague por algum motivo.
Mas existem algumas exceções.
Quem é bolsista parcial do ProUni, está matriculado em um curso de licenciatura ou tem renda familiar de até 1,5 salários mínimos por pessoa não precisa de fiador.
Como é feita a devolução do dinheiro emprestado?
Além de tentar entender o que é FIES, muitos jovens têm dúvidas sobre como funciona o pagamento da dívida. Ou seja, a devolução do dinheiro emprestado.
Enquanto você estiver na graduação, terá que pagar apenas o valor relacionado aos encargos operacionais descritos no seu contrato.
Ainda, durante o período em que estiver cursando a faculdade, é preciso pagar pelo seguro de vida, uma das exigências para a contratação do financiamento.
Uma das maiores mudanças do novo FIES está relacionada ao prazo para devolução do dinheiro emprestado.
Até 2018, os estudantes tinham até 18 meses depois de se formar para começar a pagar a dívida – chamado de “período de carência”.
No entanto, desde a criação do novo FIES, os estudantes entram na fase de amortização – ou seja, de pagamento da dívida – assim que terminam o curso.
Se, ao se formar, você abrir uma empresa ou conseguir um emprego formal, as parcelas vão ser descontadas diretamente da fonte de renda, de acordo com o cálculo feito pelo programa.
Mas, caso você não tenha uma fonte de renda quando começar o período de amortização, terá que fazer o pagamento mínimo da prestação mensal.
E o que acontece com quem não paga o FIES?
Ao assinar o contrato de financiamento, você se compromete com o pagamento das parcelas.
Portanto, o não cumprimento pode gerar consequências, como a impossibilidade de concorrer a novos benefícios.
Dependendo do caso, o estudante pode tentar uma renegociação das parcelas em atraso. Mas, é claro, a melhor coisa é se planejar para evitar esse tipo de situação.
Quem pode se candidatar ao FIES?
Para concorrer ao financiamento, o estudante precisa atender a algumas condições:
- ter participado de alguma das edições do ENEM a partir de 2010;
- ter tirado pelo menos 450 pontos na média das provas e nota maior que zero na redação;
- ter renda familiar mensal bruta per capita de até 3 salários mínimos;
- estar matriculado em um curso superior com avaliação positiva do MEC e oferecido por uma instituição cadastrada no programa.
E quem não pode se candidatar ao FIES?
Quem atende a alguma das condições abaixo não pode requisitar o benefício:
- não ter quitado (estar em fase de amortização ou de execução) o financiamento anterior pelo FIES ou por outro Programa de Crédito Educativo;
- estar em período de utilização do financiamento.
Conheça as 4 principais etapas do FIES
Deseja tentar o financiamento? Então veja o caminho que você deve percorrer:
1. Pré-seleção
O primeiro passo é se inscrever no FiesSeleção com seus dados pessoais, instituição de ensino e curso desejado.
Fique bem atento às datas para não perder sua chance, pois o sistema costuma ficar aberto por poucos dias.
Além disso, verifique se as informações preenchidas estão todas corretas para evitar qualquer tipo de problema.
E não se esqueça de um detalhe importante que comentamos aqui: o curso deve ser avaliado positivamente pelo Sinaes e oferecido por uma instituição de ensino cadastrada no programa.
No próprio site do FiesSeleção você pode conferir quais são todas as instituições e cursos participantes.
2. Inscrição
O resultado da pré-seleção sai no site oficial do FIES. Se você estiver entre os pré-selecionados, corra para fazer a complementação da inscrição no sistema, dentro do prazo determinado pelo programa.
Nessa etapa, você deve fornecer os dados para contratar o financiamento, como renda, dados do fiador, entre outros documentos.
Então, tudo isso será avaliado.
De novo, fique ligado no prazo de cada edição para não acabar se prejudicando de bobeira.
3. Validação de informações
Nesta etapa, você precisa ir até a Comissão Permanente de Supervisão e Acompanhamento (CPSA) da instituição de ensino desejada para validar as informações fornecidas no sistema.
Geralmente o programa dá um prazo de até 5 dias úteis para entrega física ou digital da documentação. Uma dica é deixar todos os documentos separados o quanto antes.
4. Contratação
Depois de validar as informações junto à CPSA da instituição de ensino, o estudante e o fiador (em casos em que é preciso ter um fiador) precisam ir até a agência bancária escolhida no cadastro.
É o momento final de negociar as condições do financiamento e fechar contrato, dentro do prazo limite para assinatura, que é de 10 dias.
Os estudantes que não entregarem os documentos dentro do período determinado perderão o direito ao benefício.
Entenda como a seleção dos candidatos é feita
O primeiro passo para conseguir o benefício você já deu, que é ficar por dentro dos critérios exigidos para concorrer ao FIES.
Lembra que a gente falou sobre se esforçar ao máximo para mandar bem na prova do ENEM? Então, é porque a nota de corte funciona como critério de seleção do financiamento.
As notas são calculadas de acordo com a quantidade de vagas disponíveis por curso e a nota do ENEM dos estudantes que fizeram a inscrição no FIES.
Sendo assim, segundo as opções feitas na inscrição e os limites de vagas por grupo de preferência (curso, turno, local de oferta, instituição de ensino superior), os candidatos são classificados em ordem decrescente.
Isso sempre de acordo com as notas do ENEM e dentro do grupo de preferência para o qual fizeram a inscrição.
Ainda, a classificação atende a uma ordem de prioridade indicada entre as 3 opções de curso, turno, local de oferta e instituição de ensino superior escolhidas:
- candidatos que não concluíram o ensino superior e nem receberam o benefício do financiamento estudantil;
- candidatos que não concluíram o ensino superior, mas que já foram beneficiados e quitaram o financiamento estudantil;
- candidatos que concluíram o ensino superior, porém não receberam o benefício do financiamento estudantil;
- candidatos que concluíram o ensino superior, foram beneficiados e quitaram o financiamento estudantil.
E se acontecer de 2 ou mais candidatos tirarem notas iguais?
Nesse caso, o desempate é feito segundo uma ordem de critérios:
- maior nota na redação;
- maior nota na prova de Linguagens, Códigos e suas Tecnologias;
- maior nota na prova de Matemática e suas Tecnologias;
- maior nota na prova de Ciências da Natureza e suas Tecnologias;
- maior nota na prova de Ciências Humanas e suas Tecnologias.
Deu para entender o que é FIES?
Por se tratar de um programa complexo, com diversas modalidades e regras, é normal os estudantes terem dúvidas sobre o que é FIES.
Se você atende aos requisitos e precisa de uma força para realizar o sonho de fazer uma faculdade, não deixe de aproveitar essa chance!
Fique sabendo que a Unileão é uma instituição de ensino superior que aceita o FIES e oferece condições especiais para os alunos beneficiados por esse tipo de financiamento.
Mas saiba que essa não é a única alternativa. Conheça as 5 opções de bolsas e financiamentos oferecidos pela Unileão!