Embora ninguém tivesse esperando enfrentar uma pandemia no Brasil, a vida de todo foi impactada.
Distanciamento social, uso de máscaras e álcool em gel começaram a fazer parte do dia a dia.
Mas a pandemia não veio acompanhada só da preocupação com a saúde.
Logo de cara, a economia começou a sentir os efeitos. Consequentemente, o mercado de trabalho também.
Quer entender mais sobre o assunto? Veja quais aspectos vão ser abordados aqui no post:
- desemprego;
- informalidade;
- home office;
- horas trabalhadas;
- insegurança no trabalho presencial;
- desigualdade.
Continue acompanhando!
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Impactos da pandemia no Brasil no mercado de trabalho
Uma crise econômica atinge diversos setores, ainda mais quando ela é global. Isso porque quando o dinheiro para de girar, um efeito em cadeia acontece.
E foi isso o que aconteceu com a pandemia no Brasil.
Apesar de certas áreas sofrerem mais que outras, a realidade de trabalho da maioria das pessoas foi afetada.
1. Desemprego
Mesmo antes de pandemia no Brasil, o desemprego já era um problema na vida de boa parte da população. Afinal, a economia não estava indo bem há um tempo.
Queda nas vagas
Desde que o novo coronavírus deu as caras por aqui, muitas vagas de emprego foram fechadas.
Por conta disso, só nos primeiros meses do ano de 2020, segundo o IBGE, quase 5 milhões de pessoas tiveram que parar de trabalhar.
Assim, aumentou o número de desalentados, como são chamados os que desistiram de procurar emprego por falta de esperança.
Aumento de desempregados
Fique sabendo que o Brasil não é o único que está enfrentando esse tipo de problema. Outros países onde a economia informal é forte também estão sofrendo com o desemprego.
A OIT (Organização Mundial do Trabalho) estima que 195 milhões de empregos vão ser destruídos pela pandemia até o segundo semestre de 2020.
2. Informalidade
Os trabalhos informais são os não regulamentados, ou seja, sem carteira assinada, auxílios, férias e acesso a direitos trabalhistas.
Por vários motivos, a informalidade pode tomar conta do mercado de trabalho em certos países, como é o caso do Brasil.
Fechamento de vagas de trabalho informais
Em cenários de crise, quem trabalha informalmente fica ainda mais vulnerável, correndo maiores riscos de ficar sem uma fonte de renda.
Daqueles 5 milhões de vagas de trabalho que foram fechadas, 3,7 milhões eram informais.
Nessa parcela estão os empregos domésticos, empregadores sem CNPJ, quem trabalha por conta própria ou para uma empresa sem ter carteira assinada.
Falta de garantias
Perder um trabalho informal significa sair com uma mão na frente e outra atrás. Em tempos de crise, fica ainda mais difícil se recolocar no mercado.
É por isso que a criação de políticas de auxílio para essas pessoas é tão importante.
3. Horas trabalhadas
Outro efeito da crise foi a redução na quantidade de horas trabalhadas.
Dados da OIT mostraram que na América Latina e Caribe essa diminuição foi de 20% – a maior quando comparada a outras regiões.
Redução de jornada
Saiba que essa taxa não é explicada só pelos postos de trabalho perdidos. A queda também leva em conta aqueles que tiveram a jornada reduzida.
Mesmo no setor formal, as empresas privadas foram autorizadas pelo governo a reduzir tanto o expediente quanto os salários dos funcionários.
Só que as empresas precisam seguir as regras criadas. O objetivo delas é garantir que os trabalhadores continuem com seus empregos e sem tantos prejuízos.
4. Home office
O trabalho remoto foi uma saída para as empresas não pararem de funcionar. E isso sem colocar a saúde e a segurança dos seus funcionários em risco.
Assim, muita gente que atuava em escritórios passou a trabalhar de casa desde que a pandemia começou.
Tendência que deve ficar
O home office não fazia parte da cultura da maioria das empresas brasileiras. Só 5,4% dos profissionais trabalhavam remotamente em 2018.
Mas, nos últimos meses, essa nova modalidade tem mostrado suas vantagens para os dois lados. Por isso, pelo menos por enquanto, parece que a tendência vai continuar.
Período de adaptação
Para quem nunca tinha feito home office, a experiência pode não estar como elas imaginavam. Afinal, separar a vida pessoal da profissional dentro de casa pode ser difícil.
É uma questão de adaptação.
Aos poucos, as pessoas estão aprendendo como aproveitar os benefícios e a render mais no trabalho remoto.
5. Insegurança no trabalho presencial
O problema é que nem todas as funções podem ser feitas de casa. Diversos serviços dependem do trabalho presencial.
É mais do que normal que as pessoas se sintam aflitas em certos espaços, principalmente quando precisam ter contato com o público.
Nesses casos, as empresas precisam oferecer o ambiente mais seguro possível para os seus funcionários.
Equipamentos de proteção
Além de criar estratégias de distanciamento social, oferecer os equipamentos de proteção individual começou a ser encarada como uma obrigação dos empregadores.
6. Desigualdade
A pandemia no Brasil fez a desigualdade se tornar ainda mais evidente. Isso porque ficou claro que nem todo mundo tem condições de seguir as mesmas medidas de prevenção.
Privilégio do trabalho remoto
Apesar de se falar tanto da alternativa de trabalhar de casa, muitas pessoas não têm essa opção.
Como geralmente são as mais pobres que não podem escolher, elas ficam ainda mais expostas ao vírus. Afinal, costumam viver longe dos locais de trabalho e se deslocar de transporte público.
Mulheres mais afetadas
Dados da OIT também mostraram que as mulheres foram mais prejudicadas que os homens na crise.
A maior parte delas trabalha nos setores da economia mais afetados, além de serem as responsáveis pelo cuidado dos filhos, que estão sem ir à escola por conta da crise.
O que esperar da pós-pandemia no Brasil?
É complicado prever qual vai ser a situação daqui para frente, pois a pandemia no Brasil traz incertezas para o futuro de todos.
Isso preocupa bastante quem precisa de um emprego ou está começando agora a dar os primeiros passos na vida profissional.
Se esse é o seu caso, fique ligado no cenário e acompanhe as principais notícias do mercado de trabalho.
Conhecer as profissões do futuro e as carreiras que continuam em alta mesmo na crise vai ajudar você a escolher os melhores caminhos.
Que tal uma ajuda para começar? Veja quais são as tendências de carreira para a nova década e aproveite as oportunidades do mercado!