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Start-Up Brasil 2.0 apoiará projetos de hardware e TICs

Uma nova etapa do Programa Start-Up Brasil, apelidada de Start-Up Brasil 2.0, foi anunciada nesta quarta-feira (13) pelo Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI). São previstos um total de R$ 40 milhões para essa fase. Desse montante, R$ 20 milhões serão investidos na aceleração […]

26/04/2016 00:00 am - COMPARTILHE: - + Imprimir

Uma nova etapa do Programa Start-Up Brasil, apelidada de Start-Up Brasil 2.0, foi anunciada nesta quarta-feira (13) pelo Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI). São previstos um total de R$ 40 milhões para essa fase. Desse montante, R$ 20 milhões serão investidos na aceleração de 100 empresas nascentes de base tecnológica, R$ 10 milhões nas startups que trabalhem com hardware e outros R$ 10 milhões para estimular empreendedores no setor de tecnologias da informação e comunicação (TICs).

De acordo com o secretário de Políticas de Informática do MCTI, Manoel Fonseca, a previsão é que os editais sejam lançados nos próximos dois meses. “Há muita discussão para formatar um modelo [das chamadas públicas], por isso os editais devem começar a sair em torno de 60 dias, pelo que imaginamos”, informou.

As empresas candidatas na chamada principal – de R$ 20 milhões – devem ter no máximo quatro anos de existência. Cada startup apoiada receberá R$ 200 mil em bolsas. Após a seleção, devem negociar sua adesão a uma das 12 aceleradoras qualificadas pelo último edital do programa.

A aceleração tem duração estimada de até 12 meses para empresas de software e 18 meses para as de hardware. Elas terão, além do apoio à pesquisa, desenvolvimento e inovação (PD&I), auxílio na modelagem de negócios, participação em atividades de capacitação e programas de acesso ao mercado.

Hardware e TICs

O programa também terá um apoio adicional às startups de hardware no valor de R$ 1 milhão para cada empresa nascente complementar as ações de PD&I, engenharia do produto e testes. Segundo o coordenador-geral de Serviços e Programas de Computador da Secretaria de Política de Informática (Sepin/MCTI), José Henrique Dieguez, “o avanço do hardware é sempre mais complexo, por ter um grau de maturidade maior, o que exige mais recursos”, visto que suas atividades são mais densas e exigem mais tempo.

Já os empreendedores no setor de TICs receberão os R$ 10 milhões em apoio a ações em conjunto com incubadoras de empresas para testes de conceito de ideias inovadoras. “Nosso plano é trabalhar com as incubadoras espalhadas pelo País, que sejam credenciadas conforme a Lei de Informática. Elas vão ter oportunidade de contratar jovens lá da ponta, graduandos, pesquisadores fazendo doutorado, ou professores. O ambiente é muito aberto”, afirmou Dieguez.

Universidade e empresa

Para o secretário de Políticas de Informática do MCTI, um dos pontos a serem destacados nessa nova etapa do programa é a incorporação da mentoria técnica. “Ou seja, vamos aproximar nossas startups a mestres e professores da academia. Vamos integrar academia e empresa. Estamos fechando todo o ciclo da inovação, apoiando ideias no início para que se transformem em produtos para a sociedade”, disse Manoel Fonseca.

“Universidade e empresa tem missões diferentes, claramente separadas, o que não quer dizer que não possam trabalhar juntas. O que o Start-Up Brasil 2.0 se propõe, ao meu ver, é quebrar paradigmas que estavam muito tempo congelados nesse País”, comentou o presidente do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), Hernan Chaimovich.

O presidente da Associação para Promoção da Excelência do Software Brasileiro (Softex), Ruben Delgado, ressaltou que as três primeiras turmas de startups do programa receberam R$ 27 milhões de investimento público, sendo que o retorno do setor privado chegou a R$ 89,7 milhões. "Isso significa que a cada real da iniciativa pública, a iniciativa privada devolveu R$ 3,30. Não há programa de governo tão exitoso e que tenha tanta credibilidade a ponto de a indústria somar essa quantia".

O Start-Up Brasil é um programa do governo federal, criado pelo MCTI e com gestão operacional da Softex, para agregar um conjunto de atores e instituições em favor do empreendedorismo de base tecnológica. As chamadas nacionais e internacionais ocorrem pelo CNPq e pela Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex-Brasil), respectivamente. Desde 2012, foram 183 empresas apoiadas, distribuídas em quatro turmas, oriundas de 17 estados e 13 países.

 

Fonte: Agência Gestão CT&I


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