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Cursos da Unileão promovem ações no Março Lilás e no Março Azul-Marinho

Campanhas chamam atenção para a prevenção do câncer do colo do útero e do colorretal. Por ser um mês dedicado às mulheres, março foi escolhido por alguns estados brasileiros para trabalhar ações de saúde, com ênfase no câncer do colo do útero. Essas ações, por […]

07/03/2019 00:00 am - COMPARTILHE: - + Imprimir

Campanhas chamam atenção para a prevenção do câncer do colo do útero e do colorretal.

Por ser um mês dedicado às mulheres, março foi escolhido por alguns estados brasileiros para trabalhar ações de saúde, com ênfase no câncer do colo do útero. Essas ações, por sua vez, culminaram em uma campanha denominada Março Lilás. No mesmo mês, também é ressaltada a importância da prevenção de outro tipo de câncer, o colorretal, que atinge o intestino grosso e o reto.

O Centro Universitário Doutor Leão Sampaio (Unileão) conta com programas voltados para a prevenção e a promoção da saúde da mulher por meio da atuação dos cursos de Enfermagem, Biomedicina, Fisioterapia e Serviço Social. Entre os programas, destaca-se a promoção de ações educativas realizadas pelos alunos de Estágio Supervisionado do curso de Enfermagem, que instigam as mulheres a buscarem atendimentos e realizarem exames que levem ao diagnóstico precoce do câncer do colo do útero.

A professora do curso de Enfermagem Kátia Figueiredo considera a prevenção essencial e valoriza campanhas como o Março Lilás e o Março Azul-Marinho para chamar atenção nesse sentido. “Quanto mais cedo for o diagnóstico, mais cedo será a possibilidade de tratamento e cura, não apenas do câncer de colo uterino e do câncer colorretal, como também de vários outros tipos de câncer”, alerta.

Exame Papanicolau

O Laboratório-Escola de Análises Clínicas da Unileão, por sua vez, realiza o Papanicolau, que é um exame de prevenção do câncer do colo do útero. O exame é realizado pela professora Bethânia Ferreira, responsável pelo setor de Citopatologia, acompanhada pelos alunos do 8º semestre do curso de Biomedicina. No ano de 2018, foram atendidas aproximadamente 300 mulheres.

O atendimento é totalmente gratuito, sendo necessária apenas a realização de marcação prévia, que ocorre quinzenalmente e pode ser realizada por telefone ou de forma presencial, no Laboratório-Escola. Os exames são sempre realizados no turno da manhã, com coleta a partir das 7h30. O resultado do exame é disponibilizado em até cinco dias úteis.

Câncer do Colo do Útero

Também conhecido como câncer cervical, é causado pela infecção persistente por alguns tipos do Papilomavírus Humano – HPV. A infecção por esse vírus é muito frequente e não causa doença na maioria das vezes. Entretanto, em alguns casos, ocorrem alterações celulares que podem evoluir para o câncer.

Essas alterações são descobertas facilmente no exame preventivo, que é conhecido também como Papanicolaou ou Papanicolau, e são curáveis na quase totalidade dos casos. Por isso, é importante a realização periódica desse exame.

Estatísticas

Segundo dados do Instituto Nacional de Câncer (INCA), o câncer do colo do útero é o terceiro tumor maligno mais frequente na população feminina, perdendo apenas do câncer de mama e do colorretal, e a quarta causa de morte de mulheres por câncer no Brasil. O órgão estima ainda que para cada ano do biênio 2018/2019 sejam diagnosticados 16.370 novos casos de câncer do colo do útero no Brasil.

Sintomas

O câncer do colo do útero é uma doença de desenvolvimento lento, que pode não apresentar sintomas em fase inicial. Nos casos mais avançados, pode evoluir para sangramento vaginal intermitente (que vai e volta) ou após a relação sexual, secreção vaginal anormal e dor abdominal associada a queixas urinárias ou intestinais.

Prevenção

Em 2014, o Ministério da Saúde implantou a vacina tetravalente contra o HPV no calendário vacinal para meninas de 9 a 13 anos. A partir de 2017, o Ministério estendeu a vacina para meninas de 9 a 14 anos e meninos de 11 a 14 anos. Essa vacina protege contra os tipos 6, 11, 16 e 18 do HPV. Os dois primeiros causam verrugas genitais e os dois últimos são responsáveis por cerca de 70% dos casos de câncer do colo do útero.

A vacinação e a realização do exame preventivo se complementam como ações de prevenção desse tipo de câncer. Mesmo as mulheres vacinadas deverão fazer o exame preventivo periodicamente a partir dos 25 anos, pois a vacina não protege contra todos os tipos oncogênicos do HPV.

Câncer colorretal

O câncer colorretal corresponde aos tumores que afetam o intestino grosso e o reto. É tratável e, na maioria dos casos, curável ao ser detectado precocemente, quando ainda não espalhou para outros órgãos. A doença acomete indistintamente homens e mulheres. Por isso, foi criada a campanha Março Azul-Marinho.

O Instituto Nacional de Câncer (INCA) estimou que 36.360 novos casos foram diagnosticados em 2018, sendo 17.380 em homens e 18.980 em mulheres. Em 2015, a doença provocou a morte de 16.697 pessoas, sendo 8.163 homens e 8.533 mulheres.

Fatores de risco

Entre os principais fatores que aumentam o risco de desenvolver o câncer colorretal estão a idade (a partir de 50 anos), sobrepeso, alimentação não saudável, histórico familiar desse ou de outros tipos de câncer, além do fumo, do consumo de bebidas alcoólicas e, também, da exposição ocupacional à radiação ionizante.

Sintomas

Os sintomas associados com mais frequência ao câncer do intestino são: sangue nas fezes; alteração do hábito intestinal, como a alternância entre diarreia e prisão de ventre; dor ou desconforto abdominal; fraqueza e anemia; perda de peso sem causa aparente; alteração na forma das fezes (fezes muito finas e compridas); e massa abdominal.

Tratamento

A cirurgia é o tratamento inicial, retirando a parte do intestino afetada e os gânglios linfáticos que ficam em partes do abdome. Outras etapas do tratamento incluem a radioterapia, associada ou não à quimioterapia, para diminuir a possibilidade de retorno do tumor. O tratamento dependerá do tamanho, localização e extensão do tumor. Quando a doença está espalhada para outros órgãos, as chances de cura são reduzidas. Após o tratamento, é importante realizar o acompanhamento médico para monitoramento de reincidência ou de novos tumores.


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