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Você quer cursar (ou já cursa) Educação Física, mas não sabe em que setor trabalhar? Não se preocupe. No texto de hoje, vamos mostrar algumas áreas para atuação, visando o bem-estar físico das pessoas.
Há todo um conjunto de habilidades necessárias no perfil de um bom educador físico, como a empatia e um espírito ativo. Veja outras a seguir.
Qual o perfil do estudante de Educação Física?
Primeiramente, espera-se um perfil dinâmico e proativo para lidar com os mais diferentes públicos, além de ter um estilo de vida ativo.
Em consequência, é desejável que o profissional se preocupe com cuidados com o corpo e tenha boa alimentação, sem contar a preocupação com o bem-estar individual e coletivo.
Na graduação, o estudante terá contato com disciplinas relacionadas ao corpo humano (Anatomia, Fisiologia e Embriologia). Nelas, é possível aprender sobre o funcionamento corporal e as limitações físicas a respeito da prática de esportes.
Esse aprendizado é importante porque alguns dos mercados para o educador físico estão na área médica, como falaremos adiante.
Então, quais áreas da Educação Física posso atuar?
Como já adiantamos um pouco, o leque de áreas em que o graduado em Educação Física pode trabalhar é amplo, dos setores mais tradicionais aos não tão comuns. Tanto é assim que o estudante pode escolher se formar em licenciatura ou bacharelado (ou ambos).
Mas e aí, qual dos dois escolher?
Bom, depende do que você quer. Se você escolher o bacharelado, será possível trabalhar em academias, clubes ou ainda ser autônomo e ter a chance de abrir o próprio negócio.
Outras opções são empregos em hotéis, resorts, spas e clínicas de saúde, a exemplo de casas para terceira idade. Mais possibilidades são as consultorias a atletas ou ramos como a ginástica laboral.
Já a licenciatura tem como foco áreas como a educação e a pesquisa. As possibilidades de trabalho são empregos nas redes pública ou privada de ensino, institutos de pesquisa e faculdades, caso prossiga no mestrado e doutorado e assim formar novos docentes na área.
Nas próximas linhas, vamos falar com detalhes sobre todas essas áreas de atuação.
Áreas da Educação Física para o licenciado na profissão
Se você cursar a licenciatura em Educação Física, pode se tornar professor ou se dedicar à área acadêmica. Seguem mais detalhes a seguir.
1. Ensino
Um dos caminhos mais percorridos pelos educadores físicos é a possibilidade de dar aula. Como professor, o ensino em escolas tende a ser mais comum nos ensinos fundamental, médio ou superior, em instituições privadas ou públicas.
É possível ensinar as principais noções sobre atividade física e, quem sabe, descobrir o potencial de novos profissionais que apreciam esportes e o estilo de vida saudável.
O salário estimado de um professor é de R$ 1.550,00 e pode vir a ganhar até R$ 3.368,00, com média de R$ 2.251,00.
O graduado também pode atuar como professor em academias, de forma a auxiliar no desenvolvimento físico e motor dos alunos. A presença de um professor é essencial para guiar as atividades físicas do indivíduo, considerando fatores como tipo físico e idade.
Um professor de musculação inicia a carreira ganhando R$ 1.251,00 e a remuneração pode chegar a R$ 2.024,00, o que totaliza uma média de R$ 1.552,00, de acordo com o site Vagas.com.
2. Pesquisa
Também é possível trabalhar com pesquisa e procurar soluções além de inovações para a sociedade, no que diz respeito ao condicionamento físico e à qualidade de vida.
Os institutos de pesquisa realizam pesquisas de saúde com uma série de profissionais da área, como médicos, enfermeiros, fisioterapeutas e educadores físicos. Por isso, se o trabalho acadêmico e multidisciplinar atrai você, essa pode ser uma boa.
E o melhor é que já é possível começar ainda na graduação, por meio de editais disponíveis nas agências de fomento à pesquisa, como o Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) e a Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp).
No caso da Fapesp, a bolsa de Iniciação científica (para os estudantes de graduação) atualmente está R$ 695,70, enquanto os estágios iniciais do mestrado e doutorado têm bolsa no valor de R$ 2.043 e R$ 3.010, respectivamente. O pós-doutorado, por sua vez, tem bolsa de R$ 7.373,10.
Já o CNPq oferece bolsas de R$ 400,00 para os graduandos, R$ 1.500,00 no mestrado, R$ 2.200,00 no doutorado e R$ 4.100 no pós-doutorado júnior.
3. Área pública
Prestar um concurso público pode ser uma ótima chance para quem deseja exercer a profissão de educador físico.
Além da possibilidade de um salário mais alto, vale salientar que é possível trabalhar em escolas, entidades sem fins lucrativos e centros de apoio psicossocial, como é o caso da Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais (Apae).
Áreas de atuação para o bacharel em Educação Física
Já para o bacharel, será possível focar em clubes, academias, iniciação esportiva, entre outros setores, o que amplia as possibilidades de trabalho.
Algumas áreas em que o bacharel pode atuar são:
4. Desenvolvimento e gestão de projetos
Há a possibilidade de atuar em projetos ligados à Educação Física com a comunidade em geral. Por conhecer o corpo humano e a sua relação com atividade física, o profissional pode ser líder em projetos sociais e implementar mudanças no estilo de vida das pessoas.
Por exemplo, dá para trabalhar em programas sobre diversos temas, como o combate ao sedentarismo e atuar como instrutor desses projetos.
O campo de trabalho também é amplo, como em escolas, asilos e outros lugares.
5. Assessoria esportiva
O assessor esportivo é uma espécie de extensão do treinador. Isso porque, com inúmeros alunos, muitos técnicos não conseguem dar a atenção adequada aos seus mentorados. E eles precisam de um acompanhamento personalizado.
O educador físico que atua como assessor pode ajudar um atleta a melhorar a sua performance, caso ele tenha um objetivo específico, como participar de uma competição.
Com isso será possível montar planilhas de treinamento, oferecer suporte alimentar durante o treino, promover testes, baterias de exames e indicar os treinos ideais, de acordo com o condicionamento físico do atleta.
6. Lazer
Na parte recreativa, o profissional pode trabalhar como monitor de colônia de férias ou instrutor de exercícios em parques, além de hotéis, cruzeiros e clubes. Dessa forma, pode oferecer atividades como gincanas, dinâmicas e coreografias.
Essas experiências podem ser úteis, pois, será possível entender as características dos mais diferentes públicos e exercitar a criatividade, ao planejar tarefas que façam todos se exercitarem
7. Reabilitação
É possível trabalhar com pacientes em condições de tratamento crônico, assim como aqueles que sofrem acidentes e precisam de acompanhamento temporário. Nesse caso, o graduado pode fazer parte de uma equipe multidisciplinar e que vai reunir profissionais como fisioterapeutas.
O educador físico pode ser peça-chave para orientar os pacientes a cuidarem do corpo e evitarem lesões. Também pode desenvolver programas para restaurar o seu condicionamento físico e ações que estabeleçam os movimentos das pessoas.
Sobre a multidisciplinaridade, procedimentos como cardiopatias, amputações e procedimentos cirúrgicos podem ser elaborados conjuntamente para que os pacientes recuperem a mobilidade física.
Financeiramente, essa é uma área promissora a se investir. Afinal, o educador físico que trabalha na área hospitalar começa ganhando entre R$ 2.000 e R$ 3.000, segundo o site Ponto RH. Mas, com o passar do tempo, o salário pode chegar até R$ 6.000 por mês.
8. Ginástica laboral
Em tempos nos quais a qualidade de vida do colaborador é uma preocupação, o educador físico pode atuar como contratado de empresas e/ou prestar serviços para colaboradores que queiram manter a saúde no trabalho.
O profissional pode atuar na elaboração de exercícios de alongamento e aeróbicos que ajudam na prevenção de doenças ocupacionais.
Além disso, o educador físico pode ser mentor e guia dos funcionários da empresa para que eles tenham uma vida saudável fora do ambiente de trabalho. Isso é possível por meio de treinamentos personalizados.
Um professor de ginástica laboral começa ganhando R$ 1.186,00 e pode chegar até R$ 2.393,00 com uma média salarial de R$ 1.572,00, de acordo com o site Vagas.com. Mas, claro, a depender do porte da empresa onde o profissional presta serviço, a remuneração tende a aumentar.
9. Competições esportivas
Os atletas que participam de grandes competições esportivas têm um preparo rigoroso para entregar a melhor performance possível. E, claro, é o profissional de Educação Física que vai ajudar a atingir esse objetivo.
O campo de trabalho aqui é amplo, devido à variedade de modalidades esportivas em nosso país. Além disso, há a chance de trabalhar com atletas semiprofissionais e profissionais e atuar na melhora do desempenho esportivo deles.
Segundo dados do CAGED, um treinador profissional de futebol pode ganhar, em média, R$ 8.959,63 em uma jornada de 40 horas semanais.
10. Empreendedorismo na área do esporte
De acordo com dados do IBGE de 2019, mais de 40% da população brasileira é insuficientemente ativa. Por isso, abrir um negócio pode ser uma ótima opção para exercer a carreira de educador físico.
Claro que é necessário planejamento, mas o mercado é promissor, pois o Brasil é o segundo país do mundo em número de academias e o terceiro em termos de faturamento em relação à América Latina. O lucro ultrapassa os 2 bilhões de dólares e as possibilidades de trabalho são amplas.
Musculação, crossfit ou ainda outros esportes como judô, muay thai, zumba… A lista de esportes é grande e dá pra optar por abrir academias, estúdios de dança ou centros de treinamento, além de ser professor particular, como personal trainer.
Sobre esta área, é interessante destacar que os ganhos tendem a ser altos. Segundo o Sistema Nacional de Empregos (Sine), os ganhos de um personal podem chegar a R$ 4.678,00.
Por isso, se essa é a sua meta, estude sobre empreendedorismo e vá em frente.
Mercado de trabalho para o profissional de Educação Física
Vale ressaltar que o mercado para profissionais de Educação Física é permanente. Afinal, a Educação Física é disciplina obrigatória nos currículos escolares dos ensinos fundamental e médio, além dos mercados de academias estarem sempre em alta (alô, projeto verão!)
Outro ponto importante é que há vida fora das regiões Sul e Sudeste (e, consequentemente, oportunidades de trabalho). Afinal, com muitas opções de entretenimento e turismo, o educador físico é fundamental para ajudar a movimentar a cena local.
Além disso, há uma carência em áreas importantes da profissão, como Fisiologia do Exercício e Biomecânica; por isso, investir em uma delas é a chance de uma remuneração mais alta.
Por que a qualificação é essencial?
Como dissemos anteriormente, o profissional de Educação Física deve ter um conhecimento amplo sobre o corpo humano e tato para lidar com as pessoas.
Além disso, o educador físico é o responsável pelo acompanhamento físico do paciente e é quem pode orientar as pessoas até em que ponto pode ou não ir com a prática de exercícios.
Logo, quanto mais o profissional estiver atualizado sobre as tendências da profissão, melhor será o seu trabalho e mais a frente ele estará de outros profissionais.
Conclusão
Bom, agora que você já teve todo o panorama das áreas de trabalho na Educação Física, que tal ler mais sobre o assunto?
O infográfico “4 fatos sobre Educação Física que você precisa saber” vai trazer mais coisas sobre a profissão e guiá-lo na decisão certa de escolher o bacharelado ou a licenciatura na área. Não perca tempo e leia agora mesmo!