(88)99216-3040

Unileão apoia o Dezembro Laranja e alerta para cuidados com a pele

Câncer de pele é o mais incidente no Brasil e o Instituto Nacional do Câncer (INCA) avalia que os números são preocupantes em 2020.

14/12/2020 10:07 am - Atualizado em 04/01/2021 14:16 pm - COMPARTILHE: - + Imprimir

O câncer de pele é o tipo de tumor maligno mais incidente no Brasil, no entanto, quando descoberto em estágio inicial, tem mais de 90% de chance de cura. Diante desse quadro, a Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD) promove a campanha do Dezembro Laranja desde 2014 para auxiliar na conscientização da sociedade sobre a prevenção, o diagnóstico, o tratamento e a importância de não subestimar a doença.

A região do Cariri é conhecida pela alta incidência solar e pelo calor sentido durante a maior parte do ano. E é na exposição desprotegida ao sol que está um dos perigos mais preocupantes para o maior órgão do corpo humano: o câncer de pele. Atento ao perigo e como apoio a esse movimento de conscientização, o Centro Universitário Doutor Leão Sampaio (Unileão) alerta a comunidade acadêmica e a população caririense sobre os cuidados preventivos com a pele, bem como incentiva o diagnóstico precoce da doença.

Por meio do curso de Enfermagem, a Instituição capacita profissionais na atenção e nos cuidados a pacientes com câncer. Com isso, os estudantes da graduação passam a entender o funcionamento da doença e experimentam uma abordagem educativa com mais profundidade. O curso conta com uma disciplina dedicada totalmente ao estudo da Oncologia e à assistência dos profissionais da Enfermagem nessa área específica.

Câncer de pele é coisa séria

O câncer de pele pode ser classificado como melanoma, o tipo mais raro e grave devido à sua alta possibilidade de provocar metástase e levar à morte, e o não melanoma, mais frequente e de menor mortalidade, porém, se não tratado adequadamente, pode deixar mutilações expressivas. Nas duas classificações, o prognóstico pode ser bom quando detectado em sua fase inicial.

O Instituto Nacional do Câncer (INCA) avalia que os números são preocupantes em 2020. Dados da Estimativa de Câncer 2020 mostram que o número de novos casos de câncer de pele não melanoma no Brasil estimados para cada ano do triênio 2020-2022 chegam a 176.930. As regiões Norte e Nordeste do país ocupam a segunda posição de maior incidência da doença, com um risco estimado de 86,87 novos casos a cada 100 mil habitantes. A doença responde por 33% de todos os diagnósticos de câncer de pele no Brasil.

Causas e sinais do câncer de pele

A causa do câncer de pele está relacionada a alguns fatores de risco, entre eles: à exposição aos raios UV de forma exagerada e desprotegida ao longo da vida, principalmente na infância e na adolescência; à exposição a câmaras de bronzeamento artificial; a ter pele e olhos claros, com cabelos ruivos ou loiros, ou ser albino; ao histórico familiar ou pessoal de câncer de pele.

O câncer de pele não melanoma apresenta-se como:

  • Manchas na pele que coçam, ardem, descamam ou sangram;
  • Feridas que não cicatrizam em quatro semanas.

Para identificar o melanoma, uma regra adotada internacionalmente é a do “ABCDE”:

  • Assimetria: uma metade do sinal é diferente da outra;
  • Bordas irregulares: contorno mal definido;
  • Cor variável: presença de várias cores em uma mesma lesão (preta, castanha, branca, avermelhada ou azul);
  • Diâmetro: maior que 6 milímetros;
  • Evolução: mudanças observadas em suas características (tamanho, forma ou cor).

A SBD frisa a importância de se ter atenção a pintas que crescem, manchas que aumentam, sinais que se modificam ou feridas que não cicatrizam. Ao notar qualquer um desses sinais, a entidade orienta a procurar um médico para evitar a progressão de um câncer de pele.

Prevenção

Os hábitos de exposição solar se configuram no principal fator de desenvolvimento do câncer de pele, por isso, o foco de prevenção deve ser voltado para os cuidados de fotoproteção. Para evitar riscos à saúde da pele é essencial que, desde cedo, sejam adquiridos hábitos dos cuidados, que incluem:

  • Uso de óculos de sol;
  • Roupa com proteção UV;
  • Uso de bonés ou chapéus;
  • Evitar a exposição solar entre 9h e 15h;
  • Utilizar filtro solar com FPS igual ou superior a 30, reaplicando o produto a cada duas horas.

Câncer de pele em animais

Assim como nos humanos, é importante saber que o câncer de pele nos animais domésticos tem alta incidência nas clínicas veterinárias e vem aumentando bastante em relação à expectativa de vida dos pets, que tem sido ampliada em 8 a 10 anos a depender da espécie, raça e tamanho.

A profa. Inês Nunes Queiroga, responsável pela disciplina de Introdução à Oncologia Veterinária no curso de Medicina Veterinária da Unileão, relata que os principais tipos de câncer de pele que podem acometer animais domésticos são: o carcinoma de células escamosas, os melanomas, as mastocitomas, dentre outros, enquanto as raças mais predispostas entre os cães são: Dálmata, Pit Bull, Terriers, Beagles e os cachorros sem raça definida (SRD). Entre os gatos, correm mais riscos os brancos de olhos azuis e pele hipopigmentada.

“Os tecidos moles e a pele representam os dois maiores alvos de surgimento de neoformações nos animais domésticos e são os mais frequentemente diagnosticados, em detrimento da variedade de tipos celulares potencialmente passíveis de transformação em células neoplásicas”, explica a docente do curso de Medicina Veterinária.

As causas que favorecem o desenvolvimento da doença estão ligadas à predisposição genética e à exposição a fatores físicos e químicos. De acordo com a profa. Inês Nunes Queiroga, a atenção deve estar voltada aos animais mais velhos, com observação de sinais de alerta, como:

  • Feridas pequenas que não cicatrizam e sangram;
  • Prurido intenso num local específico;
  • Nódulos brancos ou escurecidos;
  • Regiões crostosas, com descamação e perda de pelos;
  • Presença de apetite reduzido, com consequente perda de peso e episódios recorrentes de vômito.

Ao contrário dos humanos, os animais não têm consciência para adotarem sozinhos meios preventivos a fim de evitar o câncer de pele, por isso, os tutores têm um papel fundamental no cuidado e manutenção da saúde dos animais.

“O tutor tem papel trivial no reconhecimento dos sinais. Outro fator de extrema importância é a implantação da fotoeducação como medida efetiva de prevenção, que consiste em evitar a exposição solar no horário das 10h às 16h e optar pelo uso de proteção como filtros solares em animais de pelagem clara e nas raças predisponentes”, informa a profa. Inês Nunes Queiroga.

Veja mais: Campanha Nacional de Prevenção ao Câncer da Pele    


COMPARTILHE: