Diante de incertezas, momento exige que gestão financeira seja vista como uma obrigação por todos os membros da sociedade.
O efeito do isolamento social motivado pela pandemia do novo coronavírus (covid-19) tem sido negativo para a economia e afetado a renda familiar de brasileiros, assim como a receita de empresas em atuação no país. Diante desse cenário marcado por incertezas, cuidar dos impactos econômicos por meio do gerenciamento das finanças se torna ainda mais fundamental para manter a saúde financeira até que uma nova rotina, próxima daquela vivenciada antes da pandemia, se torne realidade.
De acordo com o professor dos cursos de Gestão e Negócios da Unileão Pedro Loula, as crises são cíclicas, ou seja, acontecem de tempos em tempos. Algumas, como a que está sendo vivenciada agora, é maior que outras e afetam a todos no mundo. Portanto, segundo o docente, a primeira orientação que deve ser posta em prática é a de ter uma reserva de emergência para passar por momentos de imprevisibilidades como o atual.
“Tempos de bonança são momentos em que deveríamos nos resguardar para períodos onde o fluxo de caixa não consegue seguir seu ritmo normal, no qual receitas devem ser maiores que despesas. Empresas e pessoas de forma alguma deveriam deixar de ter reservas de caixa ou fundos emergenciais, exatamente para enfrentar momentos como o que estamos vivenciando, com empresas fechando suas portas, desemprego em alta e a economia podendo entrar em recessão”, afirma o prof. Pedro Loula.
Esses fatores citados pelo docente indicam que o momento exige que gestão financeira seja vista como uma obrigação por todos os membros da sociedade. O professor, no entanto, vai além da preocupação com o lado econômico e sugere uma reflexão acerca do âmbito humanístico dessa pandemia.
“Iremos passar por essa crise. Seus reflexos podem demorar um pouco e a normalidade que conhecíamos não será a mesma, porém, a forma que você sair da crise lhe definirá como um novo ser. E como você quer sair dessa crise? Melhor, igual ou pior do que entrou?”, questiona o docente.
Para que as pessoas possam se replanejar nesse período, o prof. Pedro Loula oferece algumas dicas de gestão financeira pessoal e para as empresas, confira abaixo:
1. Avalie seu fluxo de caixa e preveja suas despesas fixas pelo menos para os próximos três meses: ao elaborar esse levantamento, você pode ter um horizonte de planejamento para resolver cada caso isoladamente. Custos como mão de obra, energia, aluguel, água, telefone etc.
2. Negocie com fornecedores: o momento exige controle nas saídas de recursos. Os custos variáveis, aqueles que são inerentes à atividade mercantil do seu negócio, serão impactados consideravelmente. Já fez compra? Negocie com seu fornecedor.
3. Avalie novas formas de faturar e vender: está com produtos em estoque há muito tempo? Procure fazer uma promoção que permita dar saída aos itens. Diversifique e ofereça novas formas de pagamento para o cliente.
1. Avalie seus gastos mensais: alguns não podem deixar de serem pagos, como planos de saúde, contas de energia, água, educação, alimentação, entre outros. Faça um levantamento e analise quais despesas deverão impactar sua rotina para os próximos seis meses.
2. Corte gastos desnecessários: se você está economizando, o momento exige que sacrifícios sejam feitos até passarmos por todo esse problema. Você realmente precisa de uma assinatura de TV a cabo? Você tem assinaturas diversas que apenas absorve parte do seu recurso e serve só para entretenimento? Tem hábitos de compra que são apenas puro consumismo? Você decide o que é importante e o que é supérfluo nesse momento;
3. Aprenda algo: muita coisa boa está disponível na internet para que você aprenda nesse momento e desenvolva uma nova habilidade;
4. Descubra habilidades novas: momentos como esse são oportunidades para refletirmos e descobrirmos ou desenvolvermos habilidades novas. Você pode aprender a cozinhar, fazer artesanato, costurar, dentre várias outras coisas. A forma de educar mudou radicalmente e vai ser uma nova realidade a partir dessa crise;
5. Busque novas fontes de renda: que tal utilizar o que aprendeu e transformar em nova fonte de renda? Use o que você sabe e seja remunerado por isso.
Aperfeiçoar os processos financeiros da organização, auxiliando na tomada de decisão.