Docente dos cursos de Gestão e Negócios da Unileão avalia riscos de investir no mercado financeiro durante a pandemia.
Devido às incertezas geradas na economia como consequência da pandemia do novo coronavírus, muita gente se pergunta se esse é o momento certo para começar a fazer investimentos no mercado financeiro. Segundo o prof. Pedro Loula, docente dos cursos de Gestão e Negócios do Centro Universitário Doutor Leão Sampaio (Unileão), é possível investir em momentos de crise.
Para quem nunca investiu, o primeiro passo é conhecer o próprio perfil de investidor. “Nunca invista em algo em que não tenha segurança ou que vá lhe deixar mais preocupado que tranquilo”, frisa o docente da Unileão.
Para conseguir melhor retorno no mercado financeiro, o segundo passo é procurar investimentos que pagam acima das taxas básicas, ou seja, evitando aqueles que paguem menos de 100% do Certificado de Depósito Interbancário (CDI).
“Caso queiram conhecer mais sobre o CDI, a Taxa Selic e a inflação no período, os interessados podem acessar o site do Banco Central, www.bcb.gov.br, ou da B3: www.b3.com.br”, ressalta.
Para quem tem o perfil conservador e não pensa em resgatar o investimento no curto prazo, aplicações no Tesouro Direto indexados à inflação, por exemplo, poderão dar retornos maiores. Já para investidores com mais inclinação ao risco, a renda variável pode ser uma opção.
“A renda variável é um tipo de investimento que é muito volátil, ou seja, existe a possibilidade de perda de parte do capital investido. Deve-se avaliar bem os papéis e investir buscando o longo prazo”, aponta o prof. Pedro Loula, que tem mestrado em Economia.
“Risco é a incerteza de um retorno. Quanto maior o risco, maior o retorno. Por outro lado, quanto menor o risco, menor o retorno. Hoje, para se investir com segurança, um bom caminho é optar pelo longo prazo, com resgate acima de 2 anos. Inicialmente, é necessário poupar para, depois, pensar em investir. Poupar significa ter disciplina para guardar parte do que se ganha. Essa poupança deve cobrir pelo menos 6 meses de suas despesas mensais. No fim, o importante é tomar a iniciativa e dar o primeiro passo”, completa o professor.