Intenção de doar órgãos e tecidos deve ser comunicada aos familiares.
A doação de órgãos pode ser a única esperança de recuperação da saúde de milhares de pessoas que esperam por um transplante. Um único doador pode salvar cerca de oito vidas. Para sensibilizar a população sobre a importância de ser um doador de órgãos e tecidos, é realizada nacionalmente a campanha Setembro Verde. A iniciativa faz alusão ao Dia Nacional da Doação de Órgãos, celebrado no próximo dia 27.
No Centro Universitário Doutor Leão Sampaio (Unileão), o curso de Enfermagem, em parceria com o Centro de Hematologia e Hemoterapia do Ceará (Hemoce), promove campanhas para cadastro de medula óssea. Além dessas campanhas, o curso realiza eventos voltados à comunidade acadêmica e à população caririense para ampliar a discussão e fornecer informações adequadas sobre a temática.
O evento “Setembro Verde: é doando que se recebe”, realizado em setembro do ano passado, foi uma dessas atividades. Em parceria com a Organização de Procura de Órgãos (OPO) da região do Cariri, com o Banco de Olhos do Ceará (BOC) e com a Central de Transplantes (CET) do Ceará, a ação contou com as palestras “Doação de Órgãos e Tecidos para Transplante” e “Acolhimento Familiar e Comunicação de Más Notícias”.
A intenção de doar órgãos e tecidos deve ser comunicada aos familiares por quem tem interesse em se tornar doador ou doadora. No Brasil, a doação só será feita após a autorização familiar, como previsto em lei. Quando há morte cerebral, geralmente em vítima de danos cerebrais, como traumatismo craniano ou AVC, acontece a perda irreversível das funções vitais que mantêm a vida, como a perda da consciência e da capacidade de respirar.
Os indivíduos nessa condição podem, então, ser doadores em potencial de córneas, rins, fígado, coração, pulmão, pâncreas, entre outros órgãos e tecidos, que serão utilizados para transplante. Também é possível doar em vida, desde que não prejudique a própria saúde. Nesses casos, a pessoa pode doar um dos rins, parte do fígado, parte da medula óssea ou parte do pulmão.
De acordo com dados da Associação Brasileira de Transplante de Órgãos (ABTO), o país tem mais de 40 mil pessoas esperando por transplante, aguardando uma doação de órgão, tecido ou medula.
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