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Contribuição da Medicina Veterinária para o melhoramento genético na pecuária

Formação consistente e repleta de atividades práticas da Unileão prepara os médicos veterinários formados pela Instituição a se tornarem profissionais habilitados ao melhoramento genético e de raça.

25/09/2020 16:04 pm - COMPARTILHE: - + Imprimir

O melhoramento genético de animais de um rebanho é o caminho adotado pelos produtores para conseguirem aumento da rentabilidade na atividade pecuária, a partir do investimento em tecnologias que alargam a produtividade com a melhor relação custo/benefício. Para isso, os produtores utilizam programas de melhoramento que permitem que o manejo reprodutivo dos rebanhos seja conduzido de forma eficiente.

Conforme o professor do curso de Medicina Veterinária da Unileão e zootenista Alexandre Carneiro, o objetivo do melhoramento genético é fazer com que os animais expressem e repassem às próximas gerações características positivas para a produção, além de utilizar o máximo potencial produtivo de cada um desses animais, visando fornecer um produto final de alta qualidade e em quantidade satisfatória para atender o consumidor final.

Vantagens do melhoramento genético

O prof. Alexandre Carneiro ressalta que as vantagens do melhoramento genético são inúmeras.

Confira abaixo as principais vantagens da prática:

  • Melhoria na fertilidade do rebanho, o que aumenta a possibilidade de mais fêmeas prenhas;
  • Melhoria nos índices de ganho de peso, que gera mais produto em menos tempo;
  • Diminuição do intervalo entre gerações, ou seja, mais partos em menos tempo;
  • Diminuição do custo de produção por unidade de produto, ou seja, melhoria da relação de custo/benefício;
  • Comercialização de animais testados, agregando valor a eles;
  • Aumento da lucratividade;
  • Produtos finais com melhor qualidade.

Segundo o docente da Unileão, as possibilidades para o melhoramento genético são: escolha da raça melhor adaptada, formação de novas raças, cruzamentos e sistemas combinados.

Ele salienta que é de grande relevância a difusão dessas técnicas aos diversos setores da pecuária por meio de profissionais capacitados, promovendo o upgrade na produtividade animal para atender as exigências cada vez mais rígidas e específicas dos mercados consumidores, além de possibilitar o melhoramento, a multiplicação e preservação de espécies nativas.

“Com boas práticas de manejo e constante reposição de animais selecionados, o uso de uma raça melhor adaptada pode ser a melhor alternativa, principalmente para um pequeno ou médio produtor”, avalia. Ele acrescenta que o melhoramento genético está hoje ao alcance de todos os criadores, do pequeno ao grande produtor.

“Por muito tempo o melhoramento genético foi uma realidade possível apenas para grandes produtores que possuíssem capital para tal investimento. Atualmente, os criadores têm acesso a reprodutores geneticamente superiores e são informados e assistidos no sentido de incrementar e propiciar condições ambientais adequadas aos animais, ao mesmo tempo que recebendo, em troca, preços justos pelo trabalho e investimento”, enfatiza.

Pecuária e melhoramento genético no Cariri

A ovino e caprinocultura, bem como a bovinocultura de corte e de leite são exemplos de atividades pecuárias do estado do Ceará e, também, da região do Cariri, conforme o prof. Alexandre. Ele destaca que a bovinocultura leiteira, segundo o último censo do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e dados da Secretaria de Desenvolvimento Agrário (DAS), aumentou o rebanho bovino em 6.440 cabeças de gado, de 2017 a 2018. Por outro lado, o professor chama a atenção para o fato de que a produção leiteira diminuiu 57 mil litros de leite no mesmo período.

“Esse fato reflete a necessidade de utilização de um programa eficiente de melhoramento genético, uma vez que funciona como ferramenta importante para a promoção da eficiência da produção animal. A região dispõe de potencialidades como insumos, terra, animais, profissionais capacitados e políticas públicas para produção de proteínas de origem animal de qualidade que atendam esse mercado, mas o aumento da produção e produtividade dos animais domésticos é um árduo desafio nos dias atuais, devido à grande demanda por proteínas de origem animal pelas populações”, avalia.

De acordo com o prof. Alexandre, para se alcançar uma produção elevada é necessário dar condições ambientais mínimas aos animais melhorados geneticamente, uma vez que a genética e o meio ambiente, em conjunto, definem a produção animal e, por isso, esses fatores devem ser pensados de forma concomitante.

“Por vezes, alguns produtores investem em melhoramento genético e deixam de investir em um manejo alimentar mais adequado ao seu rebanho. Outro fator está em não promover o bem-estar desses animais, o que é cientificamente comprovado como uma variável diretamente correlacionada à uma boa produtividade animal. Além de ser necessário uma atenção especial ao ambiente no qual os animais estão sujeitos, deve ser priorizado um trabalho direcionado ao sistema de produção utilizado e aos índices zootécnicos observados na propriedade para que o melhoramento genético seja realizado com eficiência”, frisa o docente.

Por onde começar?

Antes de utilizar o melhoramento genético em um rebanho, o prof. Alexandre orienta que o produtor responda duas perguntas importantes: “o que eu quero melhorar?” e “qual é o objetivo a ser alcançado?”. Após estabelecer a finalidade de produção da atividade pecuária, o docente afirma que é necessária a utilização de material genético de alta qualidade, ou seja, de reprodutores geneticamente avaliados.

“Uma forma de conhecer a qualidade desses animais é através da Diferença Esperada na Progênie. A DEP é usada para comparar o mérito genético de animais para várias características e prediz a habilidade de transmissão genética de um animal avaliado como progenitor. Com o conhecimento da DEP de todos os animais de uma população, a seleção se torna extremamente fácil e eficiente”, explica.

Segundo o docente, existem, também, as provas zootécnicas como o controle do desenvolvimento ponderal (CDP), provas de ganho de peso (PGP) e testes de progênie (TP) que, junto com os dados de registros genealógicos, fornecem informações importantes para a avaliação do valor genético dos animais em relação às suas características produtivas e reprodutivas.

“O CDP, por exemplo, consiste no acompanhamento periódico do peso dos animais, feito nas próprias fazendas. Além disso, o correto manejo reprodutivo e a utilização de biotecnologias da reprodução, como inseminação artificial em tempo fixo (IATF), diminuem a possibilidade de uma inseminação em momento inoportuno ou até mesmo perda de material genético pelo mau uso, o que resultaria em prejuízo ao produtor”, afirma.

Medicina Veterinária na Unileão

Com uma formação consistente e repleta de atividades práticas, os médicos veterinários formados pela Unileão se tornam profissionais habilitados a atuarem com competência nas diversas áreas da Medicina Veterinária, inclusive com o melhoramento genético e de raça, bem como com inseminação artificial, produção de alimentos, indústria farmacêutica, entre outros ramos.

Para auxiliar nas atividades práticas do curso e oferecer mais um espaço com serviços de qualidade para o benefício da população do Cariri, a Instituição investiu na construção de um Hospital Veterinário e de uma Fazenda-Escola, equipamentos que devem ser inaugurados em breve.

Nesses espaços, serão oferecidos serviços de qualidade com valores subsidiados pela Unileão. Os dois equipamentos são importantes para a aprendizagem dos alunos, que praticarão suas habilidades clínicas, vivenciando a realidade da profissão no dia a dia, e para a capacitação dos estudantes no trabalho.

Serviços oferecidos no Hospital Veterinário da Unileão:

  • Clínica e cirurgia de animais de pequeno e grande porte;
  • Laboratórios de patologia clínica;
  • Exames histopatológicos;
  • Serviços de necropsia;
  • Diagnósticos por imagem;
  • Fisioterapia.

A Fazenda-Escola, por sua vez, será utilizada para aulas práticas e na criação e produção animal. A graduação prestará serviços de reprodução animal e consultoria na área de produção animal para produtores da região.

O espaço da Fazenda-Escola contará com:

  • Baias para equinos, com piquetes para animais tomarem sol;
  • Redondel;
  • Bretes para cursos de inseminação e transferência de embrião;
  • Piquetes com áreas de sombra para pequenos ruminantes;
  • Brete de contenção para bovinos (completo: palpação, vacinação e exames);
  • Laboratório de reprodução animal (área suja e área limpa);
  • Galpões de avicultura;
  • Estação meteorológica.

Responsabilidade social e ambiental no trato com os animais.


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