Professor dos cursos de Gestão e Negócios da Unileão afirma que, antes de pagar as dívidas, como carnês e boletos, as pessoas devem pagar a si mesmas.
A prática de manter uma reserva de dinheiro pode ajudar a lidar com situações incertas do futuro, assim como facilitar o alcance de metas de médio e longo prazos. Para conscientizar a população sobre a importância de poupar dinheiro e da educação financeira que o dia 31 de outubro foi escolhido como o Dia Mundial da Poupança. A data foi celebrada pela primeira vez na Itália, em 1925, por uma iniciativa do Instituto Mundial de Bancos de Poupança, um ano após a sua criação. No Brasil, a data passou a ser comemorada a partir de 1933.
Segundo dados de uma pesquisa realizada pela Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) e pelo Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil), 67% dos consumidores brasileiros não conseguem guardar nenhuma parte de seus rendimentos mensais.
“Quando poupamos parte do que recebemos, podemos evitar problemas futuros por falta de dinheiro. Infelizmente, o hábito de poupar ainda não é uma constante para muitas pessoas, independente de classe social ou da renda auferida”, afirma o prof. Pedro Loula, docente dos cursos de Gestão e Negócios da Unileão.
De acordo com o docente, antes de pagar as dívidas, como carnês e boletos, as pessoas devem pagar a si mesmas. “Este pagamento, que fazemos de nós a nós mesmos, é uma parte do nosso salário que é depositado em uma conta em separado. Antes, essa conta era chamada de reserva de emergência, mas hoje o termo adotado por muitos é reserva de oportunidades”, aponta.
Ele acrescenta que, quando parte dos rendimentos é investida, a possibilidade das pessoas serem pegas de surpresa em muitos aspectos, como ao perderem seus empregos ou se depararem com a necessidade de uma reforma surpresa em casa, é reduzida e causa menos preocupação. “Além disso, podemos poupar para fazer investimentos como trocar de carro ou uma viagem, por exemplo”, frisa.
Poupar é uma questão de hábito
“Poupar não é difícil, mas criar o hábito de poupar é. Inicie com um valor que não lhe fará falta e vá aumentando à medida que você começar a sentir-se mais seguro em poupar. Vai chegar um momento que investir já vai ficar no automático e sua vida financeira e emocional por conta das finanças vai começar a dar sinais de melhoras significativas”, sugere o prof. Pedro Loula.
Segundo o docente, não é necessário deixar de consumir, pois isso poderá interferir na criação do hábito, mas uma pequena mudança nas prioridades refletirá do curto ao longo prazo. “O importante é pagar-se primeiro”, reforça.
Dicas para começar a poupar: