Unileão promove ações educativas de combate à dengue na atenção básica à saúde que são voltadas para a comunidade caririense.
O Brasil tem enfrentado grandes desafios com a pandemia, mas a covid-19 não é a única doença que precisa de atenção. A dengue, uma arbovirose já conhecida em todo o país, tem uma alta incidência no território nacional e também pode matar. Segundo dados da Secretaria da Saúde do Ceará (Sesa), já foram confirmados 19.785 casos de dengue no Ceará até o mês de novembro. Desses casos, 7.586 foram registrados no Cariri, que apresenta um aumento de 100,5% no número total de casos em relação ao ano de 2019.
Para contribuir no combate à dengue, o Centro Universitário Doutor Leão Sampaio (Unileão), por meio do seu curso de Enfermagem, promove ações educativas na atenção básica à saúde. De acordo com a preceptora da graduação Mônica Maria, as atividades tiram dúvidas sobre a doença, transmissão, sintomas, prevenção e busca por assistência, além de transmitir informações sobre a importância que cada indivíduo deve ter no cuidado em casa e nas implicações da automedicação.
Para a profa. Ana Ruth, coordenadora do curso de Biomedicina da Unileão, medidas simples apresentam grandes resultados. “Conscientizar a população sobre como evitar a disseminação do mosquito e sobre as complicações da doença pode contribuir para a diminuição do número de casos que, na nossa região, costuma ser alto”, observa a docente.
A preceptora do curso de Enfermagem da Unileão e enfermeira Mônica Maria reforça a opinião da profa. Ana Ruth ao afirmar que pessoas bem orientadas e conscientes do seu papel na prevenção da dengue contribuem para que os casos da doença sejam evitados, bem como as complicações e a mortalidade.
O vírus da dengue possui 4 sorotipos, são eles: DEN-1, DEN-2, DEN-3 e DEN-4. A identificação do vírus ou dos anticorpos pode ser feita por biomédicos, por meio de exames laboratoriais, enquanto que enfermeiros têm o papel de dar suporte aos pacientes diagnosticados com a doença.
Como o vírus da dengue possui quatro sorotipos, o profissional de saúde sempre avalia o quadro específico para a melhor conduta no tratamento que, segundo a profa. Mônica Maria, varia conforme o tipo da doença. “O tratamento pode variar, podendo ser de cuidados como hidratação, antitérmicos e repouso, até os casos mais graves, em que há necessidade de hospitalização”, afirma a preceptora.
O Aedes aegypti é o mosquito vetor de transmissão da dengue. A fêmea da espécie, ao contrário do macho, necessita de sangue para o amadurecimento dos ovos. A transmissão acontece após a fêmea da espécie picar uma pessoa infectada com um dos sorotipos e, depois, infectar uma pessoa saudável. Uma vez infectada, a fêmea passa a transmitir a doença por toda sua vida pela picada e, ainda, pode passar o vírus para parte de sua descendência.
Considerando esse fato, a prevenção mais efetiva para o combate à dengue está em medidas e cuidados para evitar os criadouros e a proliferação do vetor da doença: o Aedes aegypti. As superfícies próximas de água limpa oferecem melhores condições de sobrevivência para o mosquito. Tendo isso em vista, é possível observar algumas zonas de perigo nos bairros e nas residências.
Os sintomas da dengue incluem febre acima de 38°C pelo período de 4 a 7 dias, dores moderadas nas articulações, manchas vermelhas no corpo a partir do 4º dia e leve coceira no corpo. Mas, além da dengue, o Aedes é transmissor de outras duas arboviroses: chikungunya e zika. Embora sejam causadas por vírus diferentes, as três doenças apresentam sinais e sintomas parecidos, com diferenças em relação ao nível de gravidade.
O Dia Nacional de Combate à Dengue é uma data móvel anual instituída pela Lei Nº 12.235/10 para ser lembrada no penúltimo sábado do mês de novembro. O objetivo da data é mobilizar iniciativas do poder público e a participação da população para a realização de ações destinadas no combate ao vetor da doença. Em 2020, o dia 21 de novembro marca a mobilização do combate à dengue, com iniciativas em todo o território nacional.