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Psicoterapia auxilia mulheres vítimas de violência

Dia Internacional para a Eliminação da Violência Contra as Mulheres é celebrado hoje (25) e visa conscientizar a humanidade acerca da proteção da vida feminina.

25/11/2020 14:36 pm - COMPARTILHE: - + Imprimir

A violência contra a mulher é reconhecida internacionalmente como uma grave violação aos direitos humanos e uma agressão ao núcleo familiar, às comunidades e aos países. Para amenizar os danos causados por esse tipo de crime, o Centro Universitário Doutor Leão Sampaio (Unileão), por meio do Serviço de Psicologia Aplicada (SPA), promove atendimentos de psicoterapia individual voltados para mulheres vítimas de violência.

A professora do curso de Psicologia da Unileão Jéssica Queiroga explica os impactos psicológicos em mulheres vítimas de violência. “Diversos estudos já demonstram que há uma diminuição da autoestima e da autoconfiança nas mulheres vítimas de violência. Por outro lado, aumentam os níveis de estresse, ansiedade, depressão, insônia, pesadelos, comportamentos autodestrutivos, como o abuso de álcool e outras drogas, chegando até a ideação suicida”, afirma.

A violência contra a mulher é caracterizada por qualquer ato que tenha como objetivo provocar danos físicos, psicológicos, morais, sexuais ou patrimoniais contra mulheres.

Feminicídio

O feminicídio é um crime de ódio baseado no gênero, onde a intenção ou o propósito do ato que está sendo dirigido à vítima está ligado ao fato dela ser mulher. De acordo com o Atlas da Violência 2020, o Brasil teve um aumento de 4,2% nos assassinatos de mulheres no período entre 2008 e 2018.

No Ceará, o número de casos do tipo mais que triplicou, com um aumento de 278,6%. O estado se tornou o segundo do país com as maiores taxas de feminicídio por 100 mil habitantes.

Quando a violência é causada pelos companheiros das vítimas, é comum que as pessoas considerem o término dos relacionamentos como uma alternativa para o fim do ciclo de agressividade. No entanto, a profa. Jessica Queiroga alerta que estudos realizados em diversos países, incluindo o Brasil, apontam que esse ciclo não encerra com o término dos relacionamentos.

“O que acontece frequentemente é uma mudança no tipo de violência. Comumente, a violência física é substituída pela violência psicológica ou moral”, frisa a docente do curso de Psicologia da Unileão.

No Brasil, há um resguardo legal que tem o objetivo de proteger as mulheres, tornando crime a violência doméstica e familiar no País. Trata-se da Lei 11.340/2006, conhecida como Lei Maria da Penha. Entretanto, os mecanismos legais para coibir esse tipo de crime ainda são insuficientes, tornando o número de vítimas cada vez maior, conforme os dados do Atlas da Violência 2020.

Dia Internacional para a Eliminação da Violência Contra as Mulheres

A escolha do dia 25 de novembro como Dia Latino-Americano da Não Violência Contra a Mulher foi estabelecida no Primeiro Encontro Feminista Latino-Americano e do Caribe, realizado em Bogotá (Colômbia), em 1981, em homenagem às irmãs dominicanas que foram assassinadas nessa data, em 1960. Conhecidas como “Las Mariposas”, as irmãs Patria, María Teresa e Minerva morreram lutando por melhores condições de vida na República Dominicana.

Em 1999, a Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas (ONU) proclamou a data como o Dia Internacional para a Eliminação da Violência Contra a Mulher, a fim de estimular os governos e a sociedade civil a debater e conscientizar as pessoas sobre o mal causado contra o sexo feminino, que se configura um problema de saúde pública em todo o mundo.

Compromisso com os processos de transformações sociais e promoção da qualidade de vida.


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