Doenças são abordadas nas campanhas Março Lilás e Março Azul-Marinho.
No mês dedicado às mulheres, a campanha Março Lilás busca conscientizar sobre a saúde feminina e alertar para a importância da prevenção do câncer do colo do útero. O período também chama a atenção para outro tipo de câncer, o colorretal, que atinge o intestino grosso e o reto, acometendo indistintamente homens e mulheres. Para tratar desse assunto, foi criada a campanha Março Azul-Marinho.
O Centro Universitário Doutor Leão Sampaio (Unileão) conta com projetos voltados para a promoção da saúde da mulher por meio da atuação dos cursos da Instituição. No curso de Enfermagem, por exemplo, o assunto é abordado nas disciplinas de Enfermagem Oncológica, Enfermagem em Saúde Coletiva, Enfermagem em Saúde da Mulher e Estágio Supervisionado, onde há debates em sala e prática na assistência em saúde na Atenção Básica e na rede hospitalar.
Já no curso de Biomedicina, são realizadas ações de conscientização e prevenção do câncer do colo do útero pelo curso de Biomedicina durante o atendimento das pacientes que buscam serviços no Laboratório-Escola da Unileão, bem como em ações de ligas acadêmicas, como é o caso da Liga de Infectologia e Doenças Parasitárias (LAIP), que aborda a temática da infecção pelo Papilomavírus Humano (HPV) relacionada ao câncer do colo do útero.
De acordo com o prof. Tonny Macedo, docente do curso de Enfermagem da Unileão, os principais sintomas do câncer colorretal são:
Já do câncer do colo do útero são:
O Laboratório-Escola de Biomedicina da Unileão oferece exames que auxiliam no diagnóstico do câncer colorretal e do câncer do colo do útero. São eles:
Exame fundamental na triagem de pacientes no processo de diagnóstico do câncer do colo, uma vez que permite a identificação de alterações celulares nessa região chamadas de lesões precursoras, ou seja, modificações que podem originar um câncer, mas que ainda não chegaram nesse ponto. Esse diagnóstico precoce é essencial, pois, nesses casos, o tratamento é mais simples e as chances de cura são maiores.
Uma das manifestações que pode ser apresentada por indivíduos acometidos por câncer colorretal é o sangramento intestinal. Muitas vezes, esse sangue não está visível a olho nu, principalmente se a hemorragia ainda é muito discreta, sendo necessária a realização desse exame para evidenciar esse sangramento.
Para o atendimento no Laboratório-Escola da Unileão, é necessário agendamento prévio, que pode ser feito por telefone, pelo número (88) 2101-1065, sendo necessário o encaminhamento médico e sujeito à disponibilidade de vagas.
De acordo com a profa. Ana Ruth, coordenadora do curso de Biomedicina da Unileão, existem áreas de atuação dos biomédicos que lidam diretamente com o diagnóstico desses tipos de câncer como, por exemplo, a imagenologia, em que os profissionais da área realizam diversos tipos de exames de imagem essenciais para o diagnóstico de diversos tipos de neoplasias, inclusive o câncer colorretal.
“Outra área de extrema relevância é a citopatologia, em que biomédicos identificam alterações celulares, incluindo aquelas cancerígenas, em diversos tecidos, com ênfase no colo uterino, sendo fundamental no processo de triagem e prevenção desse tipo de câncer”, completa a docente.
Na Enfermagem, segundo o prof. Tonny Macedo, o cuidado de pacientes com câncer ocorre em todas as etapas da doença: na prevenção, no rastreamento, na detecção precoce, nos diagnósticos, no tratamento, nas reabilitações e nos cuidados paliativos.
“A prática de atividade física regular pode prevenir e ajudar no tratamento do câncer. A intervenção de exercícios multidimensionais, que incluem exercícios de resistência, aptidão física, massagem e relaxamento, pode trazer efeitos positivos na capacidade física, bem-estar e qualidade de vida em pacientes com câncer durante a quimioterapia. Além disso, o exercício físico também pode provocar mudanças no sistema imunológico, o que está associado à prevenção e diminuição do risco de câncer”, aponta a profa. Lara Bottcher, coordenadora dos cursos de Educação Física da Unileão.
Segundo dados do Instituto Nacional de Câncer (INCA), o câncer do colo do útero é o quarto tipo de câncer mais comum entre as mulheres, sendo responsável por 311 mil óbitos por ano.
Em relação ao câncer colorretal, o INCA estima que para cada ano do triênio 2020/2022, sejam diagnosticados no Brasil 40.990 novos casos, sendo 20.520 em homens e 20.470 em mulheres. Conforme o Instituto, esse é o terceiro tipo mais frequente em homens e o segundo entre as mulheres.