Dia Mundial da Conscientização sobre o Albinismo foi instituído pela ONU e busca informar a população sobre a condição genética.
Neste domingo (13), celebra-se o Dia Mundial da Conscientização sobre o Albinismo. A data foi instituída pela Organização das Nações Unidas (ONU) e busca informar a população do planeta sobre essa desordem genética com o objetivo de promover o combate ao preconceito e à discriminação que pessoas com albinismo sofrem diariamente, o que aumenta as chances de desenvolverem problemas de autoestima, ansiedade e depressão. Além disso, pessoas albinas são frequentemente excluídas de espaços políticos e sociais.
O albinismo é uma desordem genética e hereditária que resulta em uma deficiência na produção de melanina, pigmento que colore a pele, cabelos e olhos. Essa condição não tem cura, sendo necessário o acompanhamento dos sinais e sintomas que podem estar envolvidos com a desordem e na promoção de orientações dos albinos para fins preventivos. Segundo a ONU, estima-se que uma em cada 20 mil pessoas no mundo tenha alguma forma de albinismo.
Segundo a professora do curso de Fisioterapia e coordenadora da Pós-Graduação da Unileão Rejane Fiorella, os indivíduos com albinismo apresentam sintomas variados de acordo com a mutação genética, que determinam a quantidade de melanina produzida pelo corpo.
“Os tons de pele podem variar desde o totalmente branco até tonalidades amarronzadas. Os cabelos podem ser brancos, amarelados ou avermelhados. Em relação aos olhos, podem ser avermelhados, pela ausência completa do pigmento da melanina, azuis ou castanhos claros”, detalha a docente.
A professora e coordenadora da Pós-Graduação da Unileão destaca, ainda, que a melanina atua na proteção contra os raios ultravioletas (UVA e UVB), portanto, indivíduos com albinismo são mais vulneráveis aos danos causados pelo sol, como o câncer de pele e o envelhecimento precoce.
“De acordo com a SBD, o albino pode apresentar câncer de pele avançado na faixa etária de 20 a 30 anos, principalmente se o indivíduo mora em uma região quente ou se expõe à radiação solar de forma intensa e prolongada sem o uso de proteção. Outros problemas associados podem ser o estrabismo, catarata, miopia e fotofobia, causados pela falta de pigmentação dos olhos”, completa a profa. Rejane Fiorella.
Como condição genética, não há cura para o albinismo. Entretanto, pessoas albinas devem ter cuidados diários, como evitarem a exposição solar, principalmente em horários críticos do dia. O diagnóstico na infância é fundamental para que esses indivíduos possam chegar à fase adulta com o mínimo de danos possíveis na pele.
Por não poderem se expor ao sol, a utilização de vitamina D é importante para pessoas com albinismo, sendo um elemento fundamental para o sistema imunológico do corpo humano. Além da ingestão dessa vitamina, os cuidados preventivos para pessoas albinas incluem o uso de chapéus ou acessórios que protejam a cabeça contra os raios ultravioletas, uso de roupas com fatores de proteção solar, utilização de óculos escuros e aplicação de filtro solar com a máxima proteção ao sair de casa e se expor ao sol, sendo necessária a reaplicação a cada duas horas.
“Também é importante tomar os cuidados dentro de casa, utilizando o protetor solar para a proteção da luz tecnológica produzida pelos computadores e celulares, ainda mais neste cenário pandêmico, que proporcionou a utilização mais exacerbada desses tipos de recursos. Essa luz pode causar danos na pele, ainda mais se essa pele é frágil e sensível, como acontece no indivíduo albino”, observa a profa. Rejane Fiorella.
Os fisioterapeutas podem atuar na orientação e no acompanhamento terapêutico de pessoas albinas com uso de recursos que promovam a hidratação e proteção da pele, ofertando o cuidado na integridade cutânea, tanto no aspecto físico como no químico.
Esses profissionais podem atuar no processo de educação em saúde sobre os critérios para o câncer de pele, esclarecer a efetividade e opções de proteção solar, além de orientar os pacientes acerca das alterações cutâneas ou suspeitas que necessitem de avaliação de um médico ou médica dermatologista.
Preservar e reabilitar movimentos e funções do corpo humano.