No evento, as estudantes Giovanna Rodrigues Martins, Maria Alice dos Santos Bernardo e Maria Eduarda Moreira Silvestre apresentaram 6 trabalhos, orientados pela professora Jéssica Queiroga de Oliveira.
As alunas do curso de Psicologia da Unileão, Giovanna Rodrigues Martins, Maria Alice dos Santos Bernardo e Maria Eduarda Moreira Silvestre, que em 2023 estarão ingressando no 10° semestre para a reta final da formação, conquistaram espaço para apresentar 6 trabalhos na II Mostra Nacional de Práticas em Psicologia no Sistema Único de Assistência Social – SUAS.
O evento e as apresentações dos trabalhos aconteceram no Centro Universitário UniFBV – Wyden, em Recife – PE. “Expusemos os banners e discutimos os pontos principais de cada tema. A apresentação ocorreu em sala de aula no formato de roda de conversa”, explicou uma das autoras, Alice Bernardo. Todas as produções tiveram como orientadora a professora do curso de Psicologia da Unileão, Jéssica Queiroga de Oliveira.
Os trabalhos apresentados abordaram diversas temáticas relevantes, trazendo os títulos: “O lugar da Psicologia na violência intrafamiliar contra crianças e adolescentes em Juazeiro do Norte/CE”; “Público Infantojuvenil: o papel da Psicologia no enfrentamento da violência sexual”; “Perspectivas biopsicossociais da criança e do adolescente em situação de rua em Juazeiro do Norte/CE”; “Trabalho infantil: o lugar da Psicologia no desenvolvimento psicossocial”; “Estratégias de prevenção da Psicologia no enfrentamento à negligência/abandono infantojuvenil”; e “O lugar da Psicologia na conscientização da violência contra o público infantojuvenil com deficiência”.
A ideia de participar na II Mostra Nacional de Práticas em Psicologia foi da discente Giovanna, que sempre teve interesse em apresentar um trabalho de sua autoria. A aluna se interessou principalmente pela área de foco do evento, a Assistência Social, com a qual se identifica desde o 4° semestre da graduação.
As temáticas escolhidas foram pensadas pela importância da visibilidade para a construção de políticas públicas voltadas ao público de crianças e adolescentes. “Na minha atuação em estágio em ênfase Psicossocial, me deparei com demandas que me possibilitaram estudar mais a fundo sobre o público infanto-juvenil, esses que precisam tanto do nosso fazer para a garantia da proteção social”, contou a estudante Alice Bernardo.
As alunas contaram com o apoio da orientadora, professora Jéssica Queiroga, que acompanhou o desenvolvimento e interesse das estudantes na área e com o público, e auxiliou na captação de diferentes olhares diante das questões sociais abordadas. “Jéssica é uma das professoras mais éticas e profissionais que conheci, dando todo o suporte e incentivo que precisávamos, pois nunca havíamos feito uma pesquisa do tipo, e ela possui bastante experiência em elaborar pesquisas, resumos e apresentações orais. Quando vimos que havíamos sido aprovadas, foi perceptível a alegria dela conosco, foi muito bonito!”, relatou a aluna Giovanna.
Produzir conhecimento na área científica, com trabalhos e pesquisas relevantes que contribuem para o avanço da ciência e da psicologia é desafiador, mas com o apoio de pessoas que visam o mesmo propósito a caminhada para alcançar os objetivos se torna mais leve. Giovanna, Maria Alice e Maria Eduarda seguiram juntas na produção de suas pesquisas e compartilham hoje as conquistas que foram frutos dessa parceria de amizade e companheirismo na graduação.
“Estou bem mais grata de ter feito esse estudo acompanhada delas do que sozinha, porque é possível ver que todas se dedicaram e aprenderam muito com o processo, além de ser bem mais gostoso partilhar as vitórias junto dos amigos do que sozinha, sendo algo significativo, já que somos afeiçoadas pela área Social, que prega bastante o poder da coletividade”, declarou a autora Giovanna Martins.
Apesar dos desafios, como a coleta de dados sobre os temas, as discentes conseguiram chegar aos objetivos e apresentar os trabalhos na mostra. “Foi incrível! Nunca havia tido a experiência de viajar para apresentar um trabalho para outros profissionais e estudantes que também possuem interesse nos temas e na área da Assistência Social. Mais incríveis ainda foram as discussões no momento das apresentações do trabalho, porque se assemelhavam bastante ao que dialogamos em nossas orientações de ênfase em Psicossocial”, comentou a estudante Maria Eduarda.
“É muito bom sentir-se validada conquistando espaços que antes não tinha imaginado que chegaria. No momento, ainda lembro o desejo de pertencimento, de estar se comunicando e trocando saberes junto com a vontade de fazer acontecer mais vezes”, completou Alice Bernardo.
Além do foco na pesquisa, as alunas e autoras também consideram importante a participação em atividades extracurriculares, incentivadas pela Coordenação de Pesquisa e Extensão (COPEX) da Unileão, que transcendem as salas de aula. Giovanna criou, em 2022, o Grupo de Estudos “Círculo de Cultura da Práxis Freiriana”, e ele se desenvolveu para um Projeto de Extensão “Diálogos e Práticas Sobre uma Educação para Liberdade”, do qual Alice e Eduarda também fazem parte.
“A práxis Freiriana desde quando era grupo de estudo possibilitou um olhar mais esperançoso para a realidade do fazer da psicologia. A partir das obras de Paulo Freire, aprofundamos na relação entre teoria e experiência. Agora no final de semestre, encerrando a extensão, percebo o quanto evoluí e me dediquei ao projeto. Fico mais feliz ainda em ter tido a oportunidade de conhecer jovens estudantes tão engajados com o nosso círculo. Essa experiência ficou resumida em coletividade e amorosidade”, contou Alice.
No projeto participam 15 alunos, coordenados pela professora Jaqueline Andriola, que em subgrupos estão realizando atividades em conjunto com adolescentes de escolas públicas no eixo Crajubar. “Nosso objetivo é, a partir dos princípios de Paulo Freire, dialogar com esses alunos acerca de temas que permeiam a Liberdade, incentivando uma percepção crítica sobre suas realidades, de forma que os estimulamos a se sentirem sujeitos transformadores e ativos. É um espaço que damos autonomia para eles, bem como aprendemos a manejar os mais diversos assuntos e situações que o grupo suscita. Tem sido momentos de muito aprendizado e uma das melhores partes desse fim de graduação”, explicou Giovanna.
“Trabalhamos diretamente com nosso público, os adolescentes, círculos de cultura que dialogam sobre liberdade em todos os seus âmbitos. A partir da extensão foi possível trabalhar nossa autogestão, já que estudamos, planejamos, escrevemos e atuamos de forma autônoma”, complementou Eduarda.
Durante a graduação é importante enxergar nos docentes e na instituição um lugar de acolhimento, espaços seguros e cheios de possibilidades para se desenvolver. As alunas encontraram em seus professores inspiração e apoio.
“Na formação, sinto que cada professor(a) deixou sua marca em mim, que através dos seus esforços mostraram-me conhecimentos para que pudesse construir minha aprendizagem. Agradeço pela troca e escuta, especialmente a Jessica que me acompanha desde a ênfase em social e agora na clínica; a Jaqueline pelo apoio e liberdade para atuar na práxis; e Joel que me orienta sempre que busco, assim como fará parte de um dos momentos mais importantes do curso. Como diz o poeta Sérgio Vaz: ‘Educador é aquele que confecciona asas. E voa junto’”, afirmou Alice.
“Como já estou no fim do curso, em retrospectivas todos os professores marcaram a minha formação de alguma forma. Cito especificamente o professor Tiago Deividy, por ter me apresentado uma Psicologia Social Crítica, além de uma Psicologia Comunitária, foi um olhar para a Psicologia que eu nunca mais consegui “desver” e com certeza mudou minha vida, tanto pessoal como profissional. Também me inspirou imensamente ter sido monitora de Desenvolvimento II, da professora Nadya Ravella, que sempre foi muito acolhedora e incentivou nossos trabalhos. A professora Jaqueline Andriola, por acreditar na criação e no desenvolvimento da nossa Práxis Freiriana, sempre nos orientandos com atenção e muito carinho. Aos professores Jéssica Queiroga e Alex Figueirêdo, por serem um exemplo, além de encorajadores da pesquisa científica, nos abrindo os olhos para esse tipo de estudo. A professora Jacsa Vieira, que abriu as portas da Assistência Social do município para meu grupo de estágio e fez com que eu pudesse vivê-lo intensamente, aprendendo mais do que eu poderia ter imaginado”, declarou Giovanna em agradecimento aos professores que lhe inspiram.
Alice e Eduarda também falaram sobre o acesso que a Unileão possibilita para os alunos em relação a bolsas e financiamentos como o FIES, programa pelo qual as duas estudantes conseguiram cursar a graduação.
Compromisso com os processos de transformações sociais e promoção da qualidade de vida.