Trabalho foi bastante elogiado, inclusive por professores da USP, confirmando a relevância da Unileão em pesquisa sobre o Nordeste brasileiro feita por estudantes ainda no primeiro semestre do curso de Direito.
O Centro Universitário Doutor Leão Sampaio (Unileão) levou uma pesquisa acadêmica sobre o Caldeirão do Beato José Lourenço para ser apresentada em um prestigiado evento da Universidade de Londres, na Inglaterra. O trabalho é fruto de debates e estudos realizados na disciplina “Introdução ao Estudo do Direito”, vista no primeiro semestre do curso.
O intitulado “The Caldeirão da Santa Cruz do Deserto: Peasant Resistance and Expropriation in Northeast Brazil”, o estudo foi apresentado presencialmente neste domingo, 12 de novembro, na “Twentieth Annual Conference Historical Materialism”, na “Faculty of Law and Social Sciences, SOAS, University of London” (“O Caldeirão da Santa Cruz do Deserto: Resistência Camponesa e Expropriação no Nordeste do Brasil”, apresentado na XX Conferência Anual de Materialismo Histórico, da Faculdade de Direito e Ciências Sociais da Universidade de Londres, em tradução livre).
O evento é um espaço para pesquisadores compartilharem ideias, resultados de pesquisas e experiências no campo do materialismo histórico. Saiba mais neste link.
“Foi uma experiência muito enriquecedora. Somos profundamente gratos com todo apoio da Unileão, coordenadores e professores”, afirma a professora Amélia Coelho Rodrigues Maciel, que orientou os estudantes Emanoel Olival Pereira Martins, Felipe Ferreira de Santana e Mirelly de Souza Pereira. Junto dela, estavam apresentando professores da Universidade de São Paulo (USP), que elogiaram a qualidade da pesquisa e trocaram contatos para o envio do trabalho.
O estudante Emanoel Olival representou os colegas coautores na viagem. Meses atrás, quando soube da professora Amélia que o trabalho havia sido aprovado, ficou bastante animado por vivenciar a primeira experiência fora do país. Além da possibilidade de melhorar o inglês e obter certificação internacional, viu a oportunidade de apresentar um conteúdo regional, do Cariri, em terras estrangeiras.
“Não consigo descrever a sensação que foi estar na SOAS University apresentando uma pesquisa em língua estrangeira! Foram muitos desafios e medos que tive de superar – inclusive o medo de avião (risos). Conheci vários professores da USP que elogiaram nosso trabalho, muito gratificante”, conta.
O coordenador adjunto do curso de Direito, professor Christiano Siebra, destaca a importância da apresentação em um evento deste porte: “A seleção reflete a qualidade e o rigor acadêmico do Curso de Direito da Unileão e demonstra a dedicação e o empenho dos alunos e professores na pesquisa de relevância para o Nordeste brasileiro”.
O trabalho está na pagina 346 do e-book abaixo. Também é possível achar o documento digitando o nome “Amelia” no guia de busca.
E confira alguns registros da apresentação!
“O caldeirão da Santa Cruz do Deserto: resistência camponesa e expropriação no Nordeste do Brasil”, tema do estudo aceito, faz referência à comunidade formada por romeiros, flagelados da seca, camponeses e negros liderados pelo beato José Lourenço que se estabeleceram em 1926, no sítio de Santa Cruz do Caldeirão, município de Crato. Eles viviam em uma espécie de cooperativa, produzindo quase tudo de que necessitavam — machados, enxadas, foices, frutas, cereais, verduras, roupas e panelas — em sistema de mutirão, dividindo o que produziam de acordo com as necessidades de cada um.
Acusada de comunismo pelo Governo, a comunidade (que chegou a ter cerca de 2 mil habitantes) foi dizimada por tropas da polícia militar do Ceará, em maio de 1937. O ataque teve o reforço de bombas lançadas por dois aviões enviados pelo ministro da Guerra, Eurico Gaspar Dutra.
Fonte: Memorial da Democracia
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