Ação foi desenvolvida por alunos do 4º semestre de Enfermagem, sob a orientação da professora Renata Evaristo.
Alunos do 4º semestre de Enfermagem da Unileão, nos turnos matutino e noturno, organizaram nos dias 27 e 29 de maio uma minimostra de Farmacologia para alertar a comunidade acadêmica sobre o uso inadequado de determinados medicamentos, os psicotrópicos, também conhecidos como medicamentos controlados ou tarja preta.
Divididos em seis grupos, os estudantes montaram mesas no hall de entrada do campus Saúde, onde cada grupo expôs as utilidades e os efeitos adversos de medicamentos como Rivotril e Diazepam, que atuam no sistema nervoso central para regular substâncias responsáveis pelas emoções. Segundo a professora Renata Evaristo, orientadora da minimostra, esses medicamentos são chamados de “controlados” devido aos riscos que apresentam se usados de forma inadequada.
A professora também explica que fisiologicamente, a falta de equilíbrio de substâncias chamadas de neurotransmissores, são responsáveis pelo aparecimento das doenças mentais como ansiedade, depressão, transtorno bipolar e esquizofrenia. Ademais, o uso indiscriminado ou sem prescrição médica destes controlados podem causar danos severos, como tontura, dor de cabeça, alteração na pressão arterial, podendo até levar à morte, dependendo da dose.
Outro grande risco, segundo a professora, é a dependência, que leva o paciente a buscar doses cada vez maiores para obter o mesmo efeito. “No entanto, doses maiores podem causar efeitos severos”, afirma a docente.
“O objetivo dessa mostra é justamente alertar para esse risco no uso indiscriminado, sem uma orientação correta. A gente quer alertar, porque o uso de psicotrópicos tem ficado cada vez mais comum e as pessoas cada vez mais cedo têm utilizado esse tipo de medicamento. No nosso meio, inclusive, às vezes os jovens estão utilizando para ficarem acordados para estudar para uma prova, ou teve qualquer tristeza e acha que vai tomar um medicamento para dormir melhor, para esquecer aquele problema. E isso pode trazer outros riscos”, ressalta.
Para chamar a atenção dos que passavam pelo hall de entrada do campus Saúde, os alunos utilizaram a criatividade e o tema das festas juninas. Entre as peças expostas estava um jogo de tabuleiro feito à mão para mostrar o caminho que um medicamento antipsicótico percorre no corpo desde o momento em que é engolido até atingir o cérebro, onde se liga a certos receptores nos neurônios para ajudar a aliviar os sintomas psiquiátricos do paciente.
“A nossa ideia foi criar um tabuleiro, do início dos antipsicóticos das quatro classes, desde a deglutição do comprimido, do fármaco, a toda a sua farmácia cinética até antagonizar os receptores que causam uma elevação, um maior transtorno a um paciente que tem esse transtorno psiquiátrico”, explica o estudante Antônio Izidorio.
Em outra mesa, os alunos organizaram uma pescaria, no estilo junino, para testar o conhecimento dos visitantes sobre as explicações que haviam acabado de receber. Quem acertava, era recompensado com paçocas, bombons e até chocolate.
Segundo o estudante Renan Viana, o objetivo não é apenas desestimular a automedicação, mas também fazer com que os alunos atuem como disseminadores de informações precisas e corretas.
“Nosso papel aqui é conscientizar os alunos para que eles possam explicar para suas famílias e amigos como funcionam essas medicações, quando devem ser utilizadas e, mais importante ainda, conscientizar.”
Turma noite
Turma manhã
Compreender as particularidades humanas, servindo e restabelecendo a saúde da população.