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Campanha “Mutirão Adote um Ciclo” debate a saúde da mulher na Unileão

Evento contou com arrecadação de absorventes para instituições que apoiam mulheres em situação de vulnerabilidade social, mesa-redonda e palestra.

31/05/2024 16:11 pm - COMPARTILHE: - + Imprimir

Na última semana, em alusão ao Dia da Dignidade Menstrual, em 28 de maio, a Unileão realizou o evento intitulado “Mutirão Adote um Ciclo”. O evento contou com a arrecadação de absorventes para instituições que apoiam mulheres em situação de vulnerabilidade social, uma mesa-redonda sobre endometriose e uma palestra sobre a saúde da mulher e o ciclo menstrual.

Na terça-feira (28), foi realizada a mesa-redonda “Abordagem multidisciplinar da endometriose”, mediada pela professora Carolina Macedo, do curso de Fisioterapia da Unileão, com a participação de Dominique Milfont, nutricionista clínica; Viviane Oliveira, fisioterapeuta formada pela Unileão; Pedro Flor, psicólogo; e Dra. Carla Janieire, ginecologista especialista em saúde da mulher. Já na quarta-feira (29), foi realizada a palestra “Abordagem à saúde da mulher com ênfase no ciclo menstrual”, no campus Saúde da Unileão, com a presença da Dra. Cícera Luana Cruz, residente do terceiro ano em Ginecologia e Obstetrícia.

Endometriose e ciclo menstrual em foco

Na mesa-redonda sobre endometriose, a Dra. Carla iniciou sua fala questionando as participantes se já tinham ouvido falar em endometriose ou se tinham a condição. “Vocês sabiam que uma a cada dez mulheres têm endometriose? Falar sobre saúde feminina ainda é um tabu para muitas de nós. Eu, como ginecologista, escuto todos os dias no consultório que é normal ter dor no período menstrual, que sangrar muito é normal, que não conseguir realizar as atividades é frescura. Mas não é normal; essa carga foi imposta às mulheres. Além disso, vale ressaltar que a endometriose nem sempre está associada à dor”, explicou.

Ela afirmou ainda que a endometriose é uma doença inflamatória crônica, que precisa ser tratada. “A endometriose é uma doença que evolui e pode levar a mulher a estágios graves de dor crônica. Por ser uma doença inflamatória estimulada pelo hormônio estrogênio, ela não tem cura, porque as mulheres produzem estrogênio até a menopausa, por volta dos 45 e 58 anos”, explicou.

Dominique, Viviane e Pedro contribuíram com suas experiências práticas com pacientes, destacando o quanto é gratificante ver as pacientes tendo uma boa qualidade de vida após o tratamento.

Na palestra realizada na quarta-feira (29), a Dra. Luana Cruz destacou que cada mulher é um universo único. “O reconhecimento do próprio corpo, do ciclo pelo qual ele passa, além da promoção da saúde, são fundamentais para as mulheres, especialmente para aquelas que estão na adolescência”, frisou.

Projeto de fluxo contínuo

Janiele Feitosa, Coordenadora Administrativa da Unileão, afirmou a importância do Mutirão para trazer à cena a relevância do projeto, que é uma campanha de fluxo contínuo. “Nós sabemos que o fluxo menstrual é contínuo, e por esse motivo o projeto adote um ciclo também. É importante debater e desmistificar o tabu que ainda permeia a discussão”, disse.

Vale ressaltar que, em 2023, a Unileão recebeu o Selo de Responsabilidade Social Feminina do Instituto ELA, que reconhece projetos voltados para mulheres em situação de vulnerabilidade. Entre esses projetos está o “Adote um Ciclo”, que coleta e distribui absorventes para mulheres em necessidade, com pontos de coleta nos campi e na Clínica-Escola da Unileão durante o ano inteiro.

Confira os registros do momento:


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