Estudo foi conduzido com auxílio dos idosos participantes do projeto de extensão Hiperfuncional, e demonstrou que o treinamento funcional promoveu redução significativa da pressão arterial, além de melhorar a aptidão física funcional dos participantes.
Os professores Jenifer Kelly Pinheiro e Marcos Antonio Araújo Bezerra, junto à egressa Bárbara Raquel Sousa Santos, do curso de Educação Física, conduziram um estudo sobre os efeitos do treinamento funcional em idosos hipertensos com auxílio do público participante do projeto de extensão Hiperfuncional. Com atividades realizadas três vezes por semana na academia escola da Unileão, a iniciativa atende a comunidade há dois anos oferecendo essa modalidade de exercício físico.
O estudo foi publicado na edição de agosto da revista científica “International Journal of Environmental Research and Public Health (IJERPH)”, especializada em pesquisas interdisciplinares e temas relacionados à saúde pública e ao meio ambiente. A revista possui qualis A1 e um fator de impacto de 4.614. Os números indicam que a revista é uma das melhores na área, e os artigos publicados nela são citados com frequência por outros pesquisadores.
Intitulado “The Effects of Functional Training on the Ambulatory Blood Pressure and Physical Fitness of Resistant Hypertensive Elderly People: A Randomized Clinical Rehearsal with Preliminary Results” (“Os efeitos do treinamento funcional na pressão arterial ambulatorial e na aptidão física de idosos hipertensos resistentes: um ensaio clínico randomizado com resultados preliminares”, em tradução livre), o artigo pode ser lido na íntegra clicando no link abaixo:
O estudo envolveu 15 pessoas de Juazeiro do Norte, onde as atividades acontecem, durante 8 semanas de treinamento. Os participantes foram divididos em dois grupos: um grupo controle, que não fez nenhum exercício, e um grupo experimental, que participou de 24 sessões de treinamento.
Os pesquisadores compararam os resultados de ambos os grupos e observaram que o grupo que fez o treinamento físico teve uma redução significativa na pressão arterial, além de uma melhora em termos de força e resistência dos braços e pernas, mobilidade e resistência geral.
“A pesquisa iniciou com a aplicação dos questionários, com a verificação da pressão arterial digital e mapeamento ambulatorial da pressão arterial, foi o equipamento que a gente colocou. E eles fizeram também testes funcionais. Eles fizeram uma bateria de testes que avaliam a funcionalidade da pessoa idosa. Então, teste de resistência aeróbia, teste de resistência de membros inferiores, superior, flexibilidade, mobilidade. E após dois meses de protocolo de treinamento funcional, essas medidas foram novamente verificadas. Tanto pressão arterial, como também a bateria para avaliar a funcionalidade”, explica a coordenadora do projeto e autora principal do estudo, professora Jennifer Kelly.
Na opinião dela, o reconhecimento internacional, através da publicação em revista, ressalta a importância e a eficácia do projeto de extensão. “Para os idosos hipertensos que participam do projeto, os ganhos são significativos, além de proporcionar benefícios diretos à saúde e à qualidade de vida. Este trabalho também contribui de maneira significativa para a comunidade científica, oferecendo evidências robustas sobre os efeitos positivos do treinamento funcional em uma população vulnerável”, explica.
Ainda de acordo com a professora, a união entre a prática extensionista e a pesquisa científica reforça o compromisso do curso [de Educação Física] com a educação, saúde e bem-estar da sociedade.
A “International Journal of Environmental Research and Public Health (IJERPH)” é uma revista científica de acesso aberto publicada pela Multidisciplinary Digital Publishing Institute (MDPI). Especializada em pesquisas interdisciplinares, a IJERPH abrange uma ampla gama de temas relacionados à saúde pública e ao meio ambiente, possui qualis A1 e um fator de impacto de 4.614.
Aliar a mente e o corpo, proporcionando mais saúde e bem-estar.