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Pelo terceiro ano consecutivo, professor do Mestrado da Unileão é apontado entre os 2% mais influentes do mundo

Docente do programa de Mestrado em Ensino em Saúde está na lista que traz os cientistas mais influentes do mundo, segundo classificação organizada pela Universidade de Stanford (Califórnia, EUA).

04/10/2024 11:58 am - COMPARTILHE: - + Imprimir

A Edição 2024 do “World’s Top 2% Scientists” listou os pesquisadores mais influentes do mundo. Pelo terceiro ano consecutivo, o professor José Galberto Martins da Costa, do programa de Mestrado em Ensino em Saúde do Centro Universitário Doutor Leão Sampaio (Unileão), figura entre eles. O levantamento global é feito pela Universidade de Stanford (Estados Unidos) em parceria com uma das editoras científicas mais respeitadas do mundo, a Elsevier, que leva em conta métricas relacionadas ao número de citações de artigos, livros e capítulos de livros durante o último ano e ao longo da vida do pesquisador. Saiba mais sobre o ranking clicando aqui.

Um dos poucos representantes do interior do Ceará a compor a lista, o professor Galberto é bolsista de produtividade do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) e atualmente faz parte do corpo docente permanente do Mestrado em Ensino em Saúde da Unileão, do qual também foi coordenador (2019 a 2020), além de liderar o Grupo de Pesquisa em Serviços e Tecnologia em Saúde, que faz parte do programa.

Nesta entrevista, destaca que ser reconhecido em um ranking global de pesquisadores “é uma grande alegria e sensação de dever cumprido”, mas também é reflexo de “muita dedicação e, especialmente, de extrema resiliência”. Ele enfatiza a importância da pesquisa multidisciplinar, que traz benefícios sociais significativos aos alunos e à comunidade; recomenda aos jovens estudantes o envolvimento em programas de iniciação científica e os incentiva a buscarem novas soluções científicas e tecnológicas para os desafios que surgirão.

1) Há quanto tempo o senhor integra o corpo docente do Programa de Mestrado da Unileão?

Em 2018 eu era integrante da COPEX/Unileão, e foi nesse contexto que surgiu a iniciativa de elaboração do projeto do Mestrado em Ensino em Saúde a ser submetido à CAPES. Após sua aprovação e recomendação, em 2019, assumi a função de coordenador do Programa e ali permaneci durante dois anos (2019-2020). Hoje faço parte do corpo docente permanente.

2) O que significa ser reconhecido entre os cientistas mais influentes do mundo e como isso impacta sua pesquisa e as universidades nas quais o senhor colabora como docente e pesquisador?

Ser considerado como um dos pesquisadores mais influentes do mundo é certamente grande alegria e sensação de dever cumprido. Esse destaque é um indicador da força das nossas atividades de pesquisa e do seu alcance e repercussão internacional. É necessário dizer que nada se consegue realizar sem colaborações e parcerias. Cada aluno(a) de IC [Iniciação Científica], mestrado, doutorado, que orientei e oriento, tem parcela de contribuição. O mesmo para cada pesquisador(a) parceiro (a). Todos(as) precisam ser destacados(as). Essa honraria envolve muita dedicação e especialmente extrema resiliência, mas excepcionalmente envolve pessoas. De forma geral, fazer pesquisa é um trabalho incansável, embora compensador. O impacto é imediato. Especialmente abre espaços de inspiração significativa para novos pesquisadores do Ceará e do Brasil. Essa deve ser uma das vertentes das Universidades. Talvez essa seja minha principal contribuição enquanto pesquisador.

“Esse destaque que recebo é um grande estímulo para mim, mas espero que especialmente isso sirva de inspiração para os jovens.”

3) Quais são os principais desafios que o senhor enfrenta ao conduzir pesquisas no interior do Ceará, e como têm conseguido superá-los?

Estamos situados numa região, em média de raio de 500 km das capitais mais próximas. Isso pode dificultar muito, porque, no meu caso, infraestrutura física é fundamental. Atualmente estamos razoavelmente bem de infraestrutura, mas qualquer passo adiante exige novas necessidades. Esse dinamismo é constante e sem fim. Daí a importância das parcerias estratégicas. Isso ajuda a superar limitações e contribui para o avanço.

4) Poderia nos falar sobre as linhas de pesquisa que o senhor desenvolve e como elas contribuem com a sociedade?

Sou químico de formação. Minha atuação forte na pesquisa é sobre produtos naturais de origem vegetal. Temos várias abordagens. Em todas elas buscamos identificar e correlacionar a importância das substâncias químicas presentes nas plantas, que justificam determinada atividade biológica. Daí a importância de uma equipe multidisciplinar. Os grupos de pesquisa assim se organizam. Nossa contribuição ao conhecimento químico, biológico, etnofarmacológico ao longo desses anos é imensa. De fato, o meu destaque maior para esse momento é o quanto nossas pesquisas e orientações em Programas de mestrado e doutorado tem impactado positivamente nas vidas das pessoas. Saber que um(a) aluno(a) obteve título de mestre e/ou doutor, sob minha orientação, e essa qualificação mudou seu patamar de vida para cima, isso é tudo. Nada se compara a isso. Além do conhecimento teórico adquirido, do treinamento experimental recebido, da produção e publicação de artigos, houve mudança social. Assim tudo se justifica. Esse é o lado social que às vezes a gente desvaloriza e precisa ser destacado. Tenho muitos alunos de IC, mestrado e doutorado. No mestrado da Unileão, por exemplo, atualmente estou orientando três alunas, já próximas de suas defesas. Também supervisiono pesquisadores em seus pós-doutorados. Torço e procuro colaborar para que todos tenham sucesso em suas carreiras. Poder contribuir com isso é muito gratificante.

“Saber que um(a) aluno(a) obteve título de mestre e/ou doutor, sob minha orientação, e essa qualificação mudou seu patamar de vida para cima, isso é tudo. Nada se compara a isso.”

5) Que conselhos o senhor daria para os jovens pesquisadores que desejam se destacar na Ciência, especialmente em regiões do interior?

Considero extremamente importante a existência dos programas de iniciação científica. Aconselho que graduandos(as) busquem interesse por essa atividade. Ali é o início do caminho para a carreira acadêmica. Também acho importante que programas de mestrado e doutorado incluam alunos(as) de IC nas atividades de pesquisa. Esses futuros pesquisadores precisam desse contato. Esse destaque que recebo é um grande estímulo para mim, mas espero que especialmente isso sirva de inspiração para os jovens. Que eles possam ser estimulados. Isso é de importância capital. Os jovens precisam ser encorajados e testar suas ousadias nas questões científicas e tecnológicas nas temáticas que mais lhes interessem. Os jovens precisam ser incentivados a estudar mais, ler mais, a pesquisar mais e encontrar soluções para os desafios que surgirão.

“Os jovens precisam ser encorajados e testar suas ousadias nas questões científicas e tecnológicas nas temáticas que mais lhes interessem.” 

Vá mais longe: confira o vasto currículo do professor José Galberto Martins da Costa, que compõe a lista dos pesquisadores mais influentes do mundo

Formação acadêmica

  • Graduação em Química, Universidade Federal do Ceará (1990)
  • Mestrado em Química de Produtos Naturais, Universidade Federal do Ceará (1995)
  • Doutorado em Química de Produtos Naturais, Universidade Federal do Ceará (2003)
  • Pós-doutorado em Bioquímica Toxicológica, Universidade Federal de Santa Maria (2010)

Atuação Profissional

  • Professor Associado “O”, Universidade Regional do Cariri (URCA)
  • Professor permanente em programas de Pós-Graduação: Química Biológica (URCA); doutorado em Biotecnologia, Rede Nordeste de Biotecnologia (RENORBIO); mestrado Profissional em Ensino em Saúde, Centro Universitário Dr. Leão Sampaio

Coordenação

  • Coordenador do Mestrado Profissional em Ensino em Saúde, Centro Universitário Dr. Leão Sampaio (2019 a 2020)
  • Coordenador do Laboratório de Pesquisa de Produtos Naturais (LPPN), URCA

Membro de Comitês

  • Membro Permanente do Comitê de Assessoramento da Câmara de Ciências Exatas e da Terra, FUNCAP

Núcleo Docente

  • Membro do Núcleo Docente Estruturante do Curso de Licenciatura em Química, URCA

Áreas de Especialização

  • Química dos Produtos Naturais, com ênfase em Química Ecológica, Farmacognosia, Óleos Vegetais, Cromatografia e Metabólitos Secundários

Financiamento e Apoio

  • Bolsista de Produtividade do CNPq (PQ2)

Leia mais sobre os trabalhos do professor Galberto acessando este link.


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