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Egresso da Unileão aguarda convocação no Concurso Nacional Unificado: “O sonho da grande maioria dos veterinários”, diz

Para concretizar sonho da infância, Emmanuel aceitou plantões noturnos, uma rotina que exigia que saísse de casa cedo e retornasse apenas no dia seguinte. Apesar das dificuldades, concluiu o curso em agosto deste ano e agora coleciona aprovação em um dos concursos públicos mais concorridos do país.

29/10/2024 15:58 pm - COMPARTILHE: - + Imprimir

Egresso do curso de Medicina Veterinária da Unileão, Emmanuel Brito vem colhendo frutos importantes em sua carreira recém-iniciada. Atualmente, ele se especializou em Produção de Ruminantes no Instituto Federal do Ceará (IFCE) e é pós-graduando em Reprodução, Nutrição e Gestão de Bovinos. Recentemente, foi aprovado no Programa Agente Rural da Secretaria do Desenvolvimento Agrário do Estado do Ceará e aguarda convocação após ser aprovado no Concurso Público Nacional Unificado (CNU).

Formado em Administração pela Unileão em 2011, Emmanuel iniciou sua trajetória no curso de Agronomia em 2017, na Universidade Federal do Cariri (UFCA), mas o desejo de cursar Medicina Veterinária, fruto de sua paixão pelos animais e as experiências na fazenda de seu avô, em Farias Brito, sempre o acompanhou. Com a possibilidade de ingressar na Unileão por meio do FIES, ele decidiu seguir esse caminho, mesmo enfrentando uma rotina desafiadora durante a graduação, que incluía um trabalho de nove horas diárias e a responsabilidade de cuidar de dois filhos pequenos com problemas de saúde. “Houve momentos em que eles estavam no centro cirúrgico e eu fazendo provas na faculdade”, conta. Apesar das dificuldades, concluiu o curso em agosto deste ano. Leia mais nesta entrevista.

1- O que motivou sua escolha pela Medicina Veterinária?

Sou formado em Administração pela Unileão em 2011 e, em 2017, comecei Agronomia na Universidade Federal do Cariri (UFCA), mas sempre pensava em Medicina Veterinária. Sempre gostei de animais, trabalhei com fazendas e, nas férias, ia para a fazenda do meu avô, em Farias Brito, onde eu adorava passar o tempo quando era criança. Mas, em 2018, já casado e com dois filhos, conversando com minha esposa, surgiu novamente o interesse de fazer faculdade. Vi a possibilidade de ingressar na Unileão utilizando o FIES devido às condições financeiras e escolhi Medicina Veterinária, pois era uma área que eu já gostava desde criança.

Durante a graduação, a jornada foi bem difícil, porque eu trabalhava 9 horas por dia, tinha dois filhos pequenos — o mais velho com 3 anos na época e a mais nova com aproximadamente 1 ano — e ambos apresentavam problemas de saúde. Precisava acompanhá-los no hospital, e ambos passaram por cirurgias. Houve momentos em que eles estavam no centro cirúrgico e eu fazendo provas na faculdade.

2- Com a rotina familiar e a responsabilidade de ser pai, como você vivenciou sua jornada na graduação?

A rotina foi complicada: eu estudava de manhã, saía da faculdade e ia direto para o trabalho, ficando até às 22h. Chegava em casa às 22h30 e, muitas vezes, estudava até 1h da manhã. Havia semanas em que eu não conseguia ver meus filhos acordados por conta da rotina. Como eu era mais velho que os outros alunos — ingressei na faculdade aos 34 anos, já com família e trabalho —, às vezes não conseguia acompanhar o ritmo deles, que eram recém-saídos do ensino médio. Isso gerou algumas frustrações, pois eu não conseguia me dedicar tanto quanto gostaria.

Para conseguir fazer estágio, precisei aceitar plantões noturnos. Tinha dias em que saía de casa às 7h, assistia às aulas, ia para o trabalho ao meio-dia, saía às 22h e voltava para a faculdade para dar plantão até 8h da manhã do dia seguinte. Depois, já emendava na aula e só chegava em casa às 22h. Durante cerca de quatro meses, mantive essa rotina intensa, tentando aprender na prática com os preceptores e plantonistas tudo o que havia visto na teoria. Apesar de todas as dificuldades, consegui me formar em agosto deste ano, e, no final, deu tudo certo.

3- Quais foram seus próximos passos após concluir a graduação?

Foi um pouco complicado. A gente sai da graduação com algumas dúvidas e receios, mesmo que já tenha uma certa experiência pela idade e pelo mercado de trabalho. Mas, quando saí, foquei mais em estudar para seleções. Fiz a seleção para a especialização do IFCE e consegui passar. Também me inscrevi em uma instituição particular, o PPGVET, do Paraná, para fazer uma pós-graduação semipresencial. Ambas são voltadas para a questão de grandes animais, principalmente bovinos, que é realmente o que eu gosto desde criança.

Também fiz uma seleção para uma bolsa de transferência tecnológica da Secretaria do Desenvolvimento Agrário do Estado do Ceará, fui aprovado e vou iniciar os trabalhos na área de consultoria técnica a campo com os agricultores familiares da região, para dar assistência técnica a eles, visando o aumento da produtividade e um melhor planejamento de suas propriedades, cuidado com os animais e afins. Além disso, tenho planos para prestar novos concursos.

4- Como estão suas expectativas para a convocação do CNU?

Antes mesmo de me formar, já havia feito a inscrição para o CNU, visando essa área de higiene e inspeção. Logo após a prova, eu não estava muito esperançoso. Tanto é que acabei ingressando em outras seleções para tentar uma aprovação. Mas, quando saiu o resultado e vi que fui habilitado para a prova de títulos, isso me colocou entre os aprovados, aguardando apenas a questão da colocação, e aumentou um pouco mais minha confiança. Minha expectativa é conseguir uma colocação mediana, pelo menos, para poder ser chamado em uma das três convocações que a ministra [Esther Dweck, do Ministério da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos] mencionou que haveria. Estamos aguardando com os dedos cruzados e com fé para ser convocado para esse concurso federal, que, acredito, é o sonho da grande maioria dos veterinários.

5- De que forma você considera que a Unileão contribuiu para sua trajetória, especialmente nas aprovações?

Durante minha trajetória na Unileão tive muitos professores, em vários semestres, que me inspiraram em relação à minha capacidade, que muitas vezes eu pensava que não tinha. Uma delas foi a professora Juliana Almeida, que, na apresentação do meu TCC, falou coisas que eu nem acreditava ser capaz de realizar. O professor Niraldo Muniz também sempre incentivou a questão da pesquisa e do estudo. A professora Maiara Leite, com relação às questões de higiene e inspeção, e todos os ensinamentos que ela compartilhou. O professor Alan Costa e o professor Clédson Calixto também foram importantes.

Responsabilidade social e ambiental no trato com os animais.


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