Docente da Unicamp por mais de vinte anos, reconhecido por suas palestras e livros publicados – entre eles “Felicidade: modos de usar”, parceria com os filósofos Mario Sergio Cortella e Luiz Felipe Pondé”; e “Preconceito: uma história”, sua obra mais recente, o historiador falou exclusivamente aos professores do Grupo Unileão.
O Grupo Unileão, que inclui o Centro Universitário Doutor Leão Sampaio e o Centro Universitário Vale do Salgado, investe no desenvolvimento do seu corpo docente, oferecendo formação continuada para um ensino de excelência. Foi assim na 40ª edição do Encontro Pedagógico encerrado nesta quarta-feira, 29 de janeiro, com uma palestra magna ministrada por um dos maiores pensadores do Brasil: o historiador e professor Leandro Karnal. Ele falou exclusivamente aos docentes das duas instituições sobre os desafios da profissão na contemporaneidade a partir do conceito do sociólogo polonês Zygmumt Bauman.
Docente da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) por mais de vinte anos, reconhecido por suas participações em veículos de circulação nacional, além de livros como “Felicidade: modos de usar”, parceria com os filósofos Mario Sérgio Cortella e Luiz Felipe Pondé”; e “Preconceito: uma história”, sua obra mais recente, Karnal abordou o tema “Educando no mundo líquido”. Entre outras pautas de interesse pedagógico, ele tratou a respeito das transformações constantes na educação, incluindo mudanças no perfil dos alunos, o avanço da inteligência artificial e a diluição da autoridade no ambiente escolar/universitário.
“Nós, professores, precisamos falar entre nós, porque está muito difícil trabalhar. De todas as profissões, a nossa é a que sofreu mais transformação: mudou a linguagem, mudou o foco dos alunos, surgiu a inteligência artificial e diluiu-se a autoridade. Mas nós podemos indicar caminhos compartilhando, inclusive, nossos limites, nossas alegrias, nossas conquistas e, eventualmente, nossos defeitos”, afirmou.
Karnal também mencionou a importância da formação permanente dos educadores e a necessidade de uma educação orgânica, na qual o professor aprende com seus alunos, mantendo a autoridade sem cair no autoritarismo. Outro ponto mencionado foram os “valores de uma educação baseada na memória, na disciplina, na ordem” que, segundo o historiador, “não existem mais”. “Nós, hoje, queremos pessoas criativas, cidadãs, críticas, que combatam o preconceito. Logo, eu tenho que fazer uma educação permanente”, completou.
O evento, que se consolidou como um dos mais importantes na agenda pedagógica do Grupo Unileão, proporcionou reflexões e insights sobre a prática docente e o papel dos professores no contexto atual.
Confira alguns registros do evento!