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Do acidente à autonomia: a fisioterapia na recuperação do caso Regilânio

Atendido na Clínica-Escola de Fisioterapia da Unileão, Regilânio da Silva Inácio reconstrói a própria vida, com ganhos de autonomia e mobilidade, e celebra a participação em corridas de rua dois anos após o acidente que o deixou paraplégico.

15/12/2025 15:21 pm - Atualizado em 15/12/2025 15:22 pm - COMPARTILHE: - + Imprimir

Pai de três filhos e avô de uma neta, Regilânio da Silva Inácio, popularmente conhecido como Regi, teve sua rotina transformada na manhã de 4 de agosto de 2023. Um equipamento de musculação caiu sobre seus ombros em uma academia de Juazeiro do Norte, causando uma lesão que o deixou paraplégico e interrompeu sua atividade profissional como motorista de aplicativo.

Logo após a cirurgia para estabilização da coluna vertebral, ainda no hospital, ele iniciou os primeiros estímulos fisioterapêuticos. Um mês depois, começou um processo mais intenso de reabilitação, quando deu os primeiros passos simbólicos para reconstruir a própria vida.

A Unileão como ponto de apoio permanente

Desde o início da recuperação, Regi é atendido na Clínica-Escola de Fisioterapia da Unileão, onde encontrou estrutura, acolhimento e orientação profissional essenciais para sua evolução física e emocional.

Ao relembrar o impacto do acidente, ele resume: “Minha vida mudou completamente. Ficou mais difícil, a maioria das coisas que faço é limitada, mas venho me superando. A fisioterapia me ajuda a criar minha independência e, todo dia, batalho com os fisioterapeutas para conquistar minha vida de volta aos poucos”, disse.

O vínculo construído na Unileão se tornou um diferencial em sua trajetória. “A Unileão me abraçou desde o início do acidente. Para mim, ela é uma mãezona. Tudo que conquistei até agora é graças à Unileão, à fisioterapia que faço, aos professores e aos alunos. Sou muito grato por ter sido acolhido”, destaca.

Da reabilitação à autonomia

Com o acompanhamento contínuo, Regi readaptou seu veículo para voltar a dirigir e retomou tarefas domésticas, recuperando autonomia gradualmente. Ele afirma: “A fisioterapia mudou tudo. Na minha vida, depois de Deus, vem a fisioterapia. Tudo que ganhei após o acidente sobre minha independência é graças a ela. Voltei a dirigir, a sair sozinho, a tomar meu banho. Se eu for contar tudo que ganhei, vou passar semanas falando”, relata.

Nas sessões que faz na Unileão, ele trabalha força, equilíbrio e a habilidade de conduzir a cadeira de rodas em diferentes situações, fundamentais para enfrentar os desafios do cotidiano. “Me ensinaram muita coisa e hoje consigo fazer várias tarefas em casa graças aos fisioterapeutas da Unileão”, afirma.

Veja mais neste vídeo.

A visão da Fisioterapia sobre o caso

O professor Antônio Camurça, que atua na Clínica-Escola de Fisioterapia da Unileão, afirma que a Fisioterapia Neurofuncional é uma das áreas mais consolidadas da profissão e fundamental em casos como o de Regi. Ele relembra o início:

“Com poucos dias de pós-operatório, ele veio pela primeira vez para a Clínica-Escola com muita dificuldade de ser transferido do carro para a cadeira. Ele não conseguia fazer nada de forma independente. Todas as atividades precisavam ser acompanhadas e supervisionadas. Ele precisava de auxílio para tudo. Não tinha controle de tronco, por isso não conseguia ficar sentado sem algum tipo de suporte ou apoio. Com a atuação da fisioterapia, os ganhos foram acontecendo. Conseguimos a ortostase, que é a postura em pé. Houve prescrição de órtese para auxiliar em movimentos que ele tinha mais dificuldade. Além disso, tivemos ganhos motores e sensitivos”, relata o professor.

Clique no vídeo e veja imagens da reabilitação!

Nesse ínterim, o professor afirma que toda a equipe tem muito orgulho e fica feliz com o resultado obtido, mas ressalta que isso faz parte de um somatório.

“É importante lembrar que esse resultado é sempre um somatório. Ele é um paciente empenhado, assíduo e participativo na terapia. Houve uma condução terapêutica eficaz desde o início, desde o socorro imediato, o procedimento cirúrgico, o pós-operatório bem conduzido, o suporte familiar muito forte, o apoio da comunidade e a atenção fisioterapêutica constante. Enfrentamos muitos desafios na recuperação dele, mas sempre com propostas terapêuticas baseadas em evidência e com raciocínio clínico bem elaborado, feito pelos nossos alunos que acompanho na Clínica-Escola, que são nossos estagiários”, destaca.

Em casos como o de Regilânio, explica o professor Antônio, os avanços beneficiam o paciente e também os alunos.

“Esse processo de reabilitação do Regilânio ensina aos alunos o quanto é necessário ter conhecimento fisiopatológico da lesão. Este é o primeiro ponto do fazer fisioterapêutico, que envolve conhecer o que é a lesão, sua gravidade, a forma de avaliação, a interpretação dos achados, a elaboração do diagnóstico cinético-funcional e a proposição de uma conduta terapêutica alinhada às metas. Tudo isso deve ser feito com prática baseada em evidência, de forma crítica e ética, contemplando o objetivo final, que é a participação social do paciente. Ensina ainda sobre humanidade, porque no final das contas estamos ajudando uma pessoa”, afirma.

O professor Antônio aproveita para elogiar o desempenho dos alunos da Clínica-Escola e destaca o trabalho do colegiado e do corpo docente, que se empenham em oferecer um ensino de qualidade. Ele também agradece à coordenação do curso pelo apoio contínuo às atividades desenvolvidas.

“Só tenho a agradecer e parabenizar o trabalho dos nossos alunos na Clínica-Escola, que é resultado do esforço de um colegiado e de um corpo docente muito capacitado e empenhado no crescimento pedagógico, para que esses alunos sejam preparados para entregar resultados como os que entregam hoje. Agradecemos também à coordenação do curso, que sempre nos dá apoio e suporte para as atividades que precisamos desenvolver, tanto a coordenação do curso quanto a da Clínica-Escola, todas de mãos dadas em busca dos melhores resultados para alunos e pacientes”, finaliza o professor.

A corrida de rua como novo horizonte

Além da reabilitação, Regi encontrou no esporte uma forma de fortalecer o corpo e a mente. Após orientação dos profissionais que o acompanham, passou a participar de corridas de rua, impulsionando sua cadeira de rodas e celebrando cada chegada como uma vitória pessoal.

“Os fisioterapeutas e médicos me aconselharam a procurar um esporte que ajudasse no corpo e no psicológico. Entrei na corrida de rua e me identifiquei. Cada percurso que completo é uma superação, graças à fisioterapia”, finaliza Regi.

Preservar e reabilitar movimentos e funções do corpo humano.


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