A campanha, instituída pela Lei nº 13.504/2017, surge com a finalidade de chamar a atenção da sociedade para a prevenção das Infecções Sexualmente Transmissíveis (IST’s).
O mês de dezembro não marca somente o início das férias estudantis e o final do ano, mas também traz um lembrete importante para a saúde. A campanha “Dezembro Vermelho”, instituída pela Lei nº 13.504/2017 chama a atenção da sociedade para a prevenção das Infecções Sexualmente Transmissíveis (IST’s), principalmente aquela causada pelo Vírus da Imunodeficiência Humana (da sigla em inglês HIV).
De acordo com dados do Ministério da Saúde, a Aids é a doença causada pela infecção do HIV. O vírus, do tipo retrovírus, ataca o sistema imunológico, que é o responsável por defender o organismo de doenças. As células mais atingidas são os linfócitos T CD4+. O vírus é capaz de alterar o DNA dessa célula e fazer cópias de si mesmo. Depois de se multiplicar, rompe os linfócitos em busca de outros para continuar a infecção.
Os pacientes soropositivos, que têm ou não Aids, podem transmitir o vírus a outras pessoas pelas relações sexuais sem proteção, pelo compartilhamento de seringas contaminadas ou de mãe para filho durante a gravidez e a amamentação, quando não tomam as devidas medidas de prevenção. No entanto, vale ressaltar que o uso do preservativo (masculino ou feminino) em todas as relações sexuais (orais, anais e vaginais) é o método mais eficaz para evitar a transmissão das IST’s, do HIV/Aids e das hepatites virais B e C.
Segundo a professora Aline Morais, do curso de Enfermagem da Unileão, a conscientização atual tem um impacto positivo no diagnóstico precoce do HIV/Aids, em comparação com décadas passadas. Ela ressalta: “O Dezembro Vermelho reflete uma mudança positiva na abordagem da sociedade. Mas, apesar dos avanços, desafios persistentes requerem esforços contínuos para uma resposta mais eficaz e compassiva”.
Um desses desafios é o estigma, e a professora destaca estratégias educacionais eficazes para combatê-lo entre os estudantes: “Educação com informações precisas, parcerias com organizações comunitárias para experiências práticas e debates facilitam discussões abertas e seguras. Isso permite que os estudantes expressem suas preocupações, questionem estereótipos e aprendam mutuamente”, frisa.
Sobre o papel dos enfermeiros no suporte a pacientes com HIV, ela enfatiza: “Suas funções englobam cuidados clínicos, educação, suporte emocional e coordenação de cuidados. Assim, o papel dos enfermeiros é essencial não só clinicamente, mas também promovendo uma abordagem holística que considere as necessidades físicas, emocionais e sociais dos pacientes”, reforça.
Ademais, outras doenças podem facilmente confundir os sintomas, portanto, diagnosticar o HIV só é possível por meio do exame. No Laboratório-Escola de Biomedicina da Unileão, é realizado o exame sanguíneo para HIV. O atendimento ocorre de segunda a sexta-feira, das 7h30 às 15h, mediante agendamento prévio por telefone. Para mais detalhes, é possível entrar em contato com a recepção geral ligando para (88) 2101-1096.
*Com informações do Ministério da Saúde.