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Formação médica com base científica: estudantes da Unileão publicam artigo em revista internacional

Estudo sobre planta brasileira com potencial antimicrobiano foi publicado na revista internacional Knowledge Integration: A Multidisciplinary Approach to Science.

18/06/2025 14:24 pm - COMPARTILHE: - + Imprimir

Autorizado pelo Ministério da Educação (MEC) no início de 2025, o curso de Medicina do Centro Universitário Doutor Leão Sampaio (Unileão) já participa de atividades científicas com alcance internacional. Ainda no primeiro semestre letivo, as alunas Yasmin Macedo de Sousa e Kelry de Souza Fechine Andrade contribuíram para a elaboração do artigo “GC-MS analysis and in vitro antimicrobial activity of Ocotea catharinesis Mez essential oil (Lauraceae)”, publicado recentemente no periódico internacional Knowledge Integration: A Multidisciplinary Approach to Science, da Seven Editora.

O estudo foi orientado pelo professor Aracelio Viana Colares, coordenador do Núcleo Básico de Saúde, e contou com a colaboração da biomédica e egressa Danyelle Gomes de Sousa, além de pesquisadores de outras universidades. Eles avaliaram o potencial antibacteriano e antifúngico do óleo essencial extraído da planta Ocotea catharensis, espécie da flora brasileira pertencente à família do louro. A partir da técnica GC-MS (cromatografia gasosa acoplada à espectrometria de massas), foram identificados compostos promissores para serem usados como antimicrobiano natural no futuro, contribuindo para o desenvolvimento de novos medicamentos.

“Muitos microrganismos, principalmente as bactérias, estão ficando resistentes aos antibióticos. Então, encontrar novas substâncias naturais são fontes de estudos importantes. Os nossos testes demonstraram que o óleo foi eficaz contra algumas bactérias e fungos, impedindo o crescimento e consequente proliferação”, explica o docente. Com mais de 20 anos de experiência em pesquisa com produtos naturais, ele destaca que a biodiversidade brasileira representa uma fonte valiosa para avanços científicos na área da Saúde.

Conhecimento para além da sala de aula

O professor Aracelio também ressalta que “a pesquisa científica com produtos naturais ajuda o estudante de Medicina a desenvolver uma postura investigativa desde a graduação”, fortalecendo habilidades como análise, interpretação de dados e raciocínio clínico, além de mostrar que o conhecimento médico não é apenas técnico, mas também científico e cultural.

“Ao pesquisar essas substâncias [nativas] dentro do ambiente acadêmico, formamos médicos mais preparados para dialogar com a realidade dos pacientes, baseando suas condutas em evidências e com respeito às práticas populares de saúde”, reitera o docente.

Para Yasmin Macedo, contribuir com o artigo foi gratificante, especialmente pela oportunidade de produzir ciência ainda no início do curso. “A publicação nos emocionou muito pelo fato de, em tão pouco tempo, termos uma grande oportunidade de ajudar a produzir ciência em um mundo onde as fake news sempre chegam primeiro”.

Compartilhando do mesmo entusiasmo, Kelry de Souza também considera que colaborar em um trabalho científico já no primeiro semestre abre grandes oportunidades na pesquisa e na extensão. Além disso, a experiência permitiu aplicar conhecimentos adquiridos em sala de aula e desenvolver habilidades essenciais, como leitura crítica, escrita científica e trabalho em equipe.

“Participamos da revisão bibliográfica e escrita do artigo. Foi uma experiência valiosa, tanto no aspecto acadêmico quanto pessoal. Sem dúvida, é só o começo”, comemora.

O artigo na íntegra está disponível neste link.


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