Hoje comemora-se o Dia Nacional de Mobilização Pró-Saúde da População Negra.
Buscando promover a equidade nos serviços de saúde e atender as demandas específicas da população negra, o dia 27 de outubro foi escolhido como o Dia Nacional de Mobilização Pró-Saúde da População Negra. A data, que foi celebrada pela primeira vez no ano de 2006, chama a atenção para o fato de que as desigualdades étnico-raciais e o racismo atuam como determinantes sociais das condições de saúde.
“É importante reconhecer que o racismo existe no Brasil, de modo a não deixar despercebido e não naturalizar demandas que sejam atravessadas pelo racismo estrutural”, afirma a professora do curso de Psicologia da Unileão Moema Alves.
De acordo com dados do Ministério da Saúde, algumas doenças genéticas ou hereditárias, como diabete melito (tipo II), hipertensão arterial, miomas, deficiência de glicose 6 fosfato desidrogenas, além da anemia falciforme, são mais comuns na população negra.
“Devemos atuar de acordo com a política nacional de saúde integral da população negra. Aderir a essa política no cotidiano dos serviços de saúde é se fazer cumprir o princípio da equidade preconizado no Sistema Único de Saúde”, expõe a professora da Unileão.
Ainda de acordo com a docente, a população negra, em especial comunidades tradicionais, têm uma gama de saberes e de cuidados em saúde que precisam ser respeitados pelos profissionais de saúde.
“O sistema jurídico brasileiro tem como função fundamental a integração e a inclusão de todos, tendo em vista que vivemos em uma sociedade cada vez mais heterogênea, com a qual a ordem política, jurídica, econômica e social do país não pode compreender, tampouco aceitar, práticas de racismo em suas mais distintas formas”, frisa o professor do curso de Direito da Unileão Miguel Ângelo.
Formação que busca a equidade
Para a profa. Moema Alves, as Instituições de Ensino Superior devem promover as discussões sobre as questões étnico-raciais, de forma a possibilitar a formação de profissionais que possam lidar com cenários diversos de atuação.
“A formação nas universidades tende a capacitar os profissionais para atenderem um perfil de pessoas pautado numa idealização de modelo europeu. Isso são resquícios da colonialidade. Assim, conhecimentos e autores negros tendem a não serem estudados. Com isso, falamos da existência de um epistemicídio de saberes que não são eurocentrados. Essa tendência acadêmica termina por formar um profissional limitado e pouco apto para atuar diante da diversidade da população brasileira e das suas especificidades socioculturais”, avalia.
A Unileão busca, por meio de uma formação humanizada e pautada na ética, capacitar profissionais que possam estar aptos a atenderem a população e suas demandas específicas de acordo com as suas próprias especificidades.
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Ação para atuar contra a desigualdade social.
(88)99216-3040
