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Mês da Consciência Negra: Unileão convida comunidade a conhecer obras de autoras negras neste novembro

Instituição celebra escritoras negras neste mês de novembro e reforça que luta por visibilidade deve ser reforçada todos os dias, ao longo do ano.

08/11/2023 11:13 am - Atualizado em 08/11/2023 11:14 am - COMPARTILHE: - + Imprimir

Quantos livros de autoras negras você já leu este ano? Quantos filmes você já assistiu este ano produzidos e estrelados por pessoas negras? Neste novembro, mês da Consciência Negra, a Unileão convida a comunidade a conhecer e celebrar o trabalho de pessoas negras, especialmente mulheres, grupo duplamente invisibilizado socialmente e cujas contribuições têm importante relevância para a literatura, o cinema e as diversas áreas da nossa sociedade.

Para conhecer o trabalho de autoras negras, por exemplo, não é preciso procurar longe. Confira algumas das diversas obras disponibilizadas nas Bibliotecas da Unileão e conheça mais sobre suas escritoras:

Heroínas Negras Brasileiras em 15 cordéis

Talvez você já tenha ouvido falar de Dandara e Carolina Maria de Jesus. Mas e Eva Maria do Bonsucesso? Luisa Mahin? Na Agontimé? Tia Ciata? Essas (e tantas outras) mulheres negras foram verdadeiras heroínas brasileiras, mas pouco se fala delas, seja na escola ou nos meios de comunicação. Diante desse apagamento, há anos a escritora Jarid Arraes tem se dedicado a recuperar ― e recontar ― suas histórias.

O resultado é uma coleção de cordéis que resgata a memória dessas personagens que lutaram pela sua liberdade e seus direitos, reivindicaram seu espaço na política e nas artes e levantaram sua voz contra a injustiça e a opressão.

Autora: Jarid Arraes

Nascida em Juazeiro do Norte, na região do Cariri (CE), é escritora, cordelista, poeta e autora do romance “Corpo Desfeito” e do premiado “Redemoinho em Dia Quente”, vencedor do prêmio Biblioteca Nacional, do APCA de Literatura na categoria Contos, e finalista do prêmio Jabuti. Jarid também é autora do livro de poemas “Um Buraco com meu Nome”, da coletânea “Heroínas Negras Brasileiras em 15 Cordéis” e de “As Lendas de Dandara”. Atualmente vive em São Paulo (SP), onde criou o Clube da Escrita para Mulheres e tem mais de 70 títulos publicados em literatura de cordel.

Olhos D’água

Em Olhos d’água, Conceição Evaristo ajusta o foco de seu interesse na população afro-brasileira abordando, sem meias palavras, a pobreza e a violência urbana que a acometem. Sem sentimentalismos, mas sempre incorporando a tessitura poética à ficção, seus contos apresentam uma significativa galeria de mulheres: Ana Davenga, a mendiga Duzu-Querença, Natalina, Luamanda, Cida, a menina Zaíta. Ou serão todas a mesma mulher, captada e recriada no caleidoscópio da literatura em variados instantes da vida? Sem quaisquer idealizações são aqui recriadas, com firmeza e talento, as duras condições enfrentadas pela comunidade afro-brasileira.

Autora: Conceição Evaristo

Conceição Evaristo nasceu em 29 de novembro de 1946, em Belo Horizonte, no estado de Minas Gerais. Trabalhou como empregada doméstica, tornou-se professora e fez faculdade de Letras, além de mestrado e doutorado. É autora de obras como “Olhos D’água”, “Ponciá Vicêncio” e “Insubmissas Lágrimas de Mulheres”.

Pequeno Manual Antirracista

Neste pequeno manual, a filósofa e ativista Djamila Ribeiro trata de temas como atualidade do racismo, negritude, branquitude, violência racial, cultura, desejos e afetos. Em onze capítulos curtos e contundentes, a autora apresenta caminhos de reflexão para aqueles que queiram aprofundar sua percepção sobre discriminações racistas estruturais e assumir a responsabilidade pela transformação do estado das coisas.

Autora: Djamila Ribeiro

Filósofa e pesquisadora, Djamila Ribeiro é uma das principais vozes brasileiras no combate ao racismo e ao feminicídio. Sua atuação é voltada à Filosofia Política, com ênfase em Teoria Feminista, Relações Raciais e de Gênero, e Feminismo. Djamila tornou-se conhecida no país por seu ativismo na internet, acumulando 1.3 milhões de seguidores no Instagram. É autora de obras como “Pequeno Manual Antirracista” e “Quem tem Medo do Feminismo Negro?”.

Mais sobre o Mês da Consciência Negra

O Dia Nacional da Consciência Negra é celebrado em 20 de novembro e marcado por atividades culturais, debates e manifestações organizadas pelo movimento negro em diferentes regiões do país. A data foi instituída oficialmente pela Lei Federal Nº 12.519/2011. Embora tenha sido oficializada somente em 2011, a data já estava incluída no calendário escolar desde o ano de 2003.

Benedita da Silva foi a autora do projeto que definiu o 20 de novembro como o Dia da Consciência Negra, em contraposição ao 13 de maio, em que se comemora a abolição da escravatura. A data não representava, de fato, a liberdade dos negros escravizados, já que a vida de miséria do povo preto seguiu após a abolição. Em virtude disso, institui-se o dia 20 de novembro em memória de Zumbi dos Palmares e da sua luta histórica pela liberdade e valorização do povo negro no Brasil.

Para ampliar os debates, em todo o mês de novembro, são realizadas ações em prol da campanha. A Unileão defende, ainda, que o protagonismo de pessoas negras na sociedade e as suas relevantes contribuições devem ser celebrados durante todos os dias do ano, combatendo a invisibilização e o racismo estrutural que ainda reverberam em nosso país.


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