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Unileão apoia o Dezembro Vermelho e conscientiza a comunidade acadêmica acerca do HIV e da Aids

Campanha tem foco na prevenção ao HIV, na assistência aos soropositivos e na promoção dos Direitos Humanos às pessoas com ISTs.

23/12/2020 14:38 pm - Atualizado em 04/01/2021 13:58 pm - COMPARTILHE: - + Imprimir

A campanha Dezembro Vermelho tem foco na prevenção ao HIV, na assistência aos soropositivos e na promoção dos Direitos Humanos às pessoas com Infecções Sexualmente Transmissíveis (ISTs). Trata-se de uma iniciativa nacional instituída pela Lei nº 13.504/2017 que reúne um conjunto de atividades e mobilizações para a conscientização sobre o assunto e o enfrentamento ao preconceito.

Pela falta de informação entre a população, portadores do HIV e pacientes com Aids são vítimas de preconceito, têm direitos desrespeitados e são marginalizados pela sociedade. Como forma de apoio a essa causa mundial, o Centro Universitário Doutor Leão Sampaio (Unileão) desenvolve uma formação inclusiva e humanizada em seus cursos, formando profissionais pautados no respeito e no acolhimento.

A docente do curso de Enfermagem da Unileão Shura do Prado ressalta o papel dos enfermeiros formados pela Instituição no atendimento prestado a pessoas com HIV nas unidades de saúde.

“O profissional de Enfermagem capacitado pela Unileão acolhe o indivíduo soropositivo de HIV da mesma forma que qualquer outro. As práticas incorporam os conhecimentos técnico-científicos às bases filosóficas do cuidar, consolidando e valorizando o outro em sua totalidade e, assim, preservando o princípio da humanização”, destaca. Ela lembra, ainda, que a graduação leva informações e cuidados para as consultas nos estágios curriculares na atenção básica.

Já o curso de Direito da Unileão, por sua vez, reafirma a importância do combate aos preconceitos em sua estrutura curricular, nas disciplinas de Direito Penal, Direito Previdenciário e Direito do Trabalho, oportunidade na qual reforça a necessidade de respeito aos Direitos Humanos.

“O combate ao preconceito é importante para o processo de humanização do paciente, que se sentirá amparado, auxiliando-o em sua recuperação. O preconceito edifica uma barreira que torna intransponível a vontade do paciente em procurar os serviços de Saúde para ações de prevenção, para a identificação precoce da doença e, assim, acaba não recebendo o tratamento adequado”, observa o coordenador adjunto do curso de Direito da Unileão, prof. Christiano Siebra.

Discriminação é realidade no Brasil

Ter HIV não é motivo para marginalização ou isolamento, uma vez que a Ciência permite o controle do vírus no organismo de pessoas infectadas. No entanto, de acordo com dados da UNAIDS Brasil, 64% das pessoas que vivem com HIV ou Aids no país já sofreram alguma forma de discriminação.

Para melhorar esse cenário, o plano de Estratégia do UNAIDS 2016–2021, uma das primeiras iniciativas no sistema das Nações Unidas a ser alinhada às Metas de Desenvolvimento Sustentável, estabelece a eliminação da discriminação relacionada ao HIV como marco estratégico para 2020 e inclui o fim da epidemia da Aids até 2030.

Entendendo o HIV e a Aids

HIV é a sigla em inglês para vírus da imunodeficiência humana, organismo que afeta células específicas do sistema imunológico, especialmente os linfócitos T-CD4+ e, ao contrário de outros vírus, o corpo humano não consegue se livrar do HIV.

“Não há cura para a infecção pelo HIV, mas há medicamentos que podem reduzir drasticamente a progressão da doença. Alguns estudos estão sendo desenvolvidos e novas descobertas podem surgir”, avalia a profa. Shura do Prado.

O HIV pode levar pessoas infectadas ao desenvolvimento da síndrome da imunodeficiência adquirida (Aids), no entanto, ser portador do vírus não significa estar com a síndrome. Somente em uma fase muito avançada de enfraquecimento do sistema imunológico do corpo que se é diagnosticada a Aids.

Antes de alcançar o estágio avançado da doença, é possível ter uma qualidade de vida semelhante à de pessoas soronegativas, por meio dos cuidados e tratamentos adequados. Mesmo sem ter cura, o tratamento conhecido como terapia antirretroviral (ART) prolonga significativamente a vida de pessoas infectadas com o HIV e reduz as chances de transmissão do vírus.

ISTs e HIV: transmissão e testes

As Infecções Sexualmente Transmissíveis (ISTs) podem ser causadas por vírus, bactérias ou outros microrganismos. São transmitidas, principalmente, por meio do contato sexual (oral, vaginal ou anal), onde, sem o uso de camisinha, uma pessoa contaminada transmite a doença para outra.

Pode acontecer, ainda, da mãe transmitir a doença para o filho ou filha durante a gestação, parto ou amamentação. No caso do HIV, que também se espalha por fluídos corporais, a transmissão também pode ocorrer pelo compartilhamento de seringas e agulhas contaminadas com sangue.

As principais manifestações clínicas das ISTs são: corrimentos, feridas e verrugas anogenitais.

Principais sintomas de pessoas infectadas com HIV:

  • Cansaço persistente;
  • Suores noturnos;
  • Perda involuntária de peso;
  • Diarreia persistente;
  • Febre persistente (por diversas semanas);
  • Falta de ar.

Os sintomas podem ser facilmente confundidos com outras doenças, por isso a única forma de diagnosticar o HIV é por meio do teste. No Brasil, exames laboratoriais e testes rápidos detectam os anticorpos contra o HIV em cerca de 30 minutos e podem ser realizados gratuitamente pelo Sistema Único de Saúde (SUS), nas unidades da rede pública e nos Centros de Testagem e Aconselhamento (CTA). Quanto mais cedo o diagnóstico, mais rápido e melhores são os efeitos do tratamento.

Amparo legal às pessoas com HIV

Desde junho de 2014, vigora no Brasil a Lei Nº 12.984, que define como crime a discriminação contra pessoas com HIV e pacientes com Aids. Confira os detalhes das condutas discriminatórias previstas na lei clicando aqui.

“São assegurados aos portadores de HIV diversos direitos, tais como Auxílio-doença sem a necessidade de cumprir a carência de contribuição, para quem tenha a qualidade de segurado no sistema de previdência, a aposentadoria por invalidez e os benefícios de prestação continuada”, enfatiza o prof. Christiano Siebra.

Dia Mundial de Luta Contra a Aids

Celebrado anualmente em 1º de dezembro, o Dia Mundial de Luta Contra a Aids abre a campanha do Dezembro Vermelho e traz o debate sobre a transmissão e prevenção da doença, atuando no combate ao preconceito sofrido por pessoas com HIV. A data foi instituída pela Organização das Nações Unidas (ONU) e pela Organização Mundial da Saúde (OMS) em 1987, na Assembleia Mundial da Saúde.


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